São Paulo, 22 - A General Motors (GM) entrou na Justiça para pôr fim ao impasse com o sindicato dos metalúrgicos de São José dos Campos sobre a segunda parcela da Participação de Lucros e Resultados (PLR) de 2015. A companhia elevou a oferta de R$ 4.250 para R$ 5.000, mas os representantes dos trabalhadores pedem R$ 7.000 e dizem que não voltarão ao trabalho até a empresa apresentar um valor considerado "satisfatório". Uma audiência de conciliação está marcada para a próxima segunda-feira, 25, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em Campinas, segundo a empresa.
Em julho do ano passado, os funcionários já haviam recebido R$ 8.500 referentes à primeira parcela do benefício. Com a proposta mais recente da GM, a PLR chegaria a R$ 13.500 em 2015, valor que a empresa considera "bastante elevado diante das circunstâncias". Ao longo da negociação, os sindicalistas classificaram o montante como "muito inferior" em relação ao que foi pago em 2014, R$ 16.300.
Para a GM, a proposta do sindicato "não condiz com a atual conjuntura econômica do País" e o "quadro dramático" do mercado automotivo e da empresa. Segundo a Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), em 2015 foi registrada a maior queda nas vendas do setor automotivo desde 1987. Foram 2,569 milhões de unidades vendidas, um recuo de 26,5% em relação ao volume de 2014, quando foram comercializadas 3,497 milhões de unidades. A projeção da GM para 2016 é que sejam vendidos no País entre 2 milhões e 2,2 milhões de veículos. Por isso, a empresa afirma que a atual proposta para a segunda parcela da PLR "está no limite do possível".