Em duas semanas, o volume do reservatório da Usina Hidrelétrica de Três Marias quase triplicou com as chuvas ocorridas ao longo do mês. O aumento da água armazenada está associado também à redução da vazão defluente, que, desde o dia 17, foi reduzida para 150 metros cúbicos por segundo.
Até o dia 11, o reservatório registrava 6,7% da capacidade, sendo que o volume estava em queda. A partir daí os órgãos responsáveis por administrar o reservatório, sob coordenação da Agência Nacional de Águas (ANA), decidiram reduzir a vazão defluente para 250 metros cúbicos por segundo. Com a medida, o volume mudou de rota, passando a ser verificado acúmulo de água.
A partir do início da segunda quinzena, com as chuvas mais fortes registradas em todo o estado, a vazão afluente apresentou considerável aumento, possibilitando acúmulo mais acelerado, principalmente depois do dia 17, quando a ANA permitiu nova redução da vazão defluente. Desta vez, para 150 metros cúbicos por segundo, enquanto a vazão afluente chegou a atingir 3.293 metros cúbicos por segundo. Ou seja, a entrada de água chegou a ser quase 22 vezes maior que a saída.
A proposta da Cemig é fazer com que o volume do reservatório fique acima de 40% no encerramento do período chuvoso em março, o que possibilitaria chegar ao fim do período seco, em novembro, com uma pequena reserva caso as chuvas sejam insuficientes em dezembro.
A chuva registrada em Sete Lagoas, cidade distante 200 quilômetros de Três Marias, ao longo do mês supera a marca de 300 milímetros, ficando acima da média histórica. Cenário semelhante ao verificado em Belo Horizonte, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).