A demanda por transporte aéreo doméstico de passageiros, medida em passageiros-quilômetros pagos transportados (RPK), registrou queda de 4,5% em dezembro em relação ao mesmo mês de 2014, segundo dados compilados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Com isso, a demanda doméstica completou cinco meses consecutivos de redução.
Já a oferta, medida em assentos-quilômetros oferecidos (ASK), teve recuo de 3,3% no mês passado, na mesma base de comparação. Com isso, a taxa de ocupação das aeronaves em voos domésticos (RPK/ASK) atingiu 79,8% em dezembro do ano passado, índice inferior ao registrado no mesmo mês de 2014, quando a taxa de ocupação doméstica ficou em 80,8%.
Acumulado no ano
No acumulado de 2015, a demanda doméstica teve alta de 1,1% em relação ao resultado de 2014, enquanto a oferta doméstica aumentou 1% na mesma base de comparação. Assim, a taxa de aproveitamento doméstico no ano passado ficou em 79,8%, praticamente estável em relação aos 79,7% verificados em 2014.
O resultado consolidado entre janeiro e dezembro de 2015 mostra que a TAM obteve a maior participação no mercado doméstico no acumulado do ano, com 36,7%. A Gol aparece em segundo lugar, com 35,9%, seguida por Azul, com 17%, e Avianca, com 9,4%. Quanto ao número de passageiros transportados, a Anac contabilizou 96,2 milhões em 2015, alta de 0,3% ante o resultado de 2014.
Internacional
No segmento internacional, a demanda (em RPK) por transporte aéreo de passageiros das empresas brasileiras cresceu pelo 22º mês consecutivo, com alta de 8,9% em dezembro de 2015 frente o mesmo mês de 2014. Já a oferta internacional (em ASK) registrou o 17º mês consecutivo de expansão, com alta de 7,7% em relação ao mês de dezembro do ano passado. Com isso, a taxa de aproveitamento das aeronaves nos voos internacionais operados pelas aéreas brasileiras alcançou 81,9% em dezembro de 2015 ante 81% no mesmo mês de 2014.
Em participação de mercado, a TAM seguiu isolada na liderança em dezembro, com 76,5%, enquanto a Azul respondeu por 11,8% e a Gol ficou com 11,6%.
No acumulado de 2015, a demanda internacional aumentou 13,8% em relação a 2014, enquanto a oferta cresceu 15,3% no período, levando a taxa de ocupação a 81,4%, uma redução em relação aos 82,5% registrados em 2014.