O presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz, afirmou nesta quinta-feira, 28, que a oferta por voos domésticos deve recuar 7% em 2016 em relação a 2015, enquanto a demanda doméstica deve registrar uma queda superior a 7%, na mesma base de comparação.
"7% de redução da oferta é o que entendemos como factível para a demanda que estamos projetando", disse Sanovicz, durante coletiva de imprensa. No entanto, o executivo destacou que essa avaliação é dinâmica e que, conforme o desenrolar do ano, é possível que novas medidas sejam anunciadas no segundo semestre.
Em 2015, os resultados da aviação doméstica apresentaram uma leve expansão. No acumulado do ano, a demanda doméstica registrou alta de 0,79% ante o resultado de 2014. Já a oferta doméstica registrou expansão de 0,72%, na mesma base de comparação.
Segundo Sanovicz, as projeções de queda na oferta e demanda domésticas em 2016 são resultados das perspectivas pouco animadoras para o mercado de aviação ao longo do ano. "Não há ninguém, nenhum relato apontando números positivos em 2016. Os cenários de algumas análises apontam o segundo semestre de 2017 como o momento de recuperação", disse o presidente da Abear. "Nos preparamos para um ano e meio de muito respeito e juízo em relação ao caixa, ao nosso cotidiano".
Questionado sobre a possibilidade de alguma das associadas da Abear - TAM, Gol, Azul e Avianca - não conseguir atravessar o ano em função das dificuldades econômicas, Sanovicz afirmou que as companhias estão fazendo um trabalho intenso para chegarem saudáveis ao fim de 2016.
"Todas as medidas tomadas, de redução de oferta, de envios de aviões para fora, além das iniciativas gerenciais internas, servem para que as empresas possam atravessar o período de tempestade", disse.