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Estado de Minas

Sem avanço nas concessões

Assim como no primeiro programa de investimentos em logística, lançado em 2011, o segundo programa, lançado no ano passado ainda não despertou o interessa das empresas


postado em 10/02/2016 00:12 / atualizado em 10/02/2016 08:12

Brasília – Apesar de a presidente Dilma Rousseff ter anunciado o primeiro programa de concessões de ferrovia em 2011, não houve avanços com o Programa de Investimentos em Logística (PIL), muito menos com o segundo, relançado com nova roupagem em 2015. Ao inaugurar o trecho da Norte-Sul em Anápolis (GO), em maio de 2014, a ideia do governo ainda era outra. Dilma fez questão de ressaltar que a continuação das obras da ferrovia não demorariam mais como havia ocorrido. “Dizem que demorou 27 anos. É verdade. Mas vou dizer o seguinte: demorava 27 anos. Hoje, não demora mais”, afirmou a presidente.


A expectativa de investimento do governo era de R$ 86,4 bilhões para a modernização e manutenção de 7,5 mil quilômetros de vias férreas, sendo três dos cinco projetos previstos no PIL 2 na Ferrovia Norte-Sul: Anápolis (GO) -Estrela D’Oeste (SP) – Três Lagoas (MS), Palmas-Anápolis-Barcarena (PA) – Açailândia (MA) e Lucas do Rio Verde (MT) – Miritituba (PA). Os outros dois projetos são: o corredor bioceânico e a linha Rio-Vitória.

Uma fonte ligada a investidores estrangeiros revelou que o interesse pela Norte-Sul é grande, desde que o governo não limite a taxa de retorno, como ocorreu no primeiro programa de concessão, que afastou os interessados. Ainda faltam muitos detalhes sobre a forma da contratação e isso tem deixado os investidores apreensivos, apesar de o preço dos ativos ter barateado com a queda do real frente ao dólar. “Não adianta ser barato, é preciso regras claras e que não mudem no meio do caminho”, destacou a fonte. Segundo ela, existem quatro possíveis grupo de investidores na Norte-Sul.

O primeiro é formado pelas atuais concessionárias do sistema, como América Latina Logística (ALL), VLI, holding formada por Vale, Mitsui, FI-FGTS e Brookfield. Essas empresas estão negociando seus contratos e têm nessas malhas a extensão natural de negócios. Além desse grupo, há os chineses, liderados pela China Railway Group (Crec), que estão avaliando projetos há algum tempo. Há também um grupo de investidores russos da Russian Railways (RZD), que já anunciou interesse. E, por último, em virtude de as grandes empreiteiras estarem envolvidas na Lava-Jato, correm por fora as médias empresas de construção. Especialistas informam que elas podem se juntar em um consórcio ou fazer alianças com algum investidor nacional ou estrangeiro.

 

 


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