Em convênio firmado com a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e o Fundo de Defesa de Direitos Difusos do Ministério da Justiça, o Movimento das Donas de Casa de Minas Gerais (CDC-MG) vai organizar e processar 24 pesquisas de preços durante o ano, como parte de um projeto que inclui a realização de oficinas sobre relações de consumo e produtos. Segundo a coordenadora da instituição, com sede em Belo Horizonte, Solange Medeiros, será também organizada uma banca de advogados para atender à população. Uma primeira bateria de consulta já foi disponibilizada.
A pesquisa realizada ontem teve como foco produtos essenciais de limpeza, entre eles, sabão em pó, água sanitária, detergente líquido e amaciante de roupas. O calendário começou neste mês com levantamento dos preços de alimentos. De acordo com o grupo de donas de casa que foi ontem a supermercados das regiões de Santa Efigênia e Funcionários, houve aumentos de preços preocupantes desde outubro do ano passado entre 8% e 10%.
Outros dois problemas identificados são o baixo volume de promoções nos supermercados e as variações muito pequenas dos preços de alguns itens, o que denota falta de concorrência entre as redes supermercadistas. Nas lojas, as pesquisadoras observaram, ontem, com frequência, a inexistência de preços nas gôndolas e nos produtos.