Pequim, 15 - Embora a China tenha elevado seu déficit fiscal ao maior nível desde 1979, isto não significa uma repetição do pacote de estímulos de 2009, afirma Zhou Hao, economista do Commerzbank. Segundo ele, o rombo fiscal será permitido para acomodar uma forte redução de tributos, ao mesmo tempo em que o menor gasto fiscal sugere que os estímulos nessa área serão moderados.
"Na verdade, estes números sugerem que a China tem mudou sua estratégia e pretende diminuir o papel do investimento do governo, algo em linha com as reformas estruturais", disse.
O China International Capital Corp (CICC) também vê as medidas de estímulo adotadas este ano como mais moderadas que as de 2009. Segundo analistas da instituição, os indicadores de janeiro e fevereiro já sinalizam que o crescimento do investimento está estabilizando. No entanto, é preciso também que a eficiência dessas inversões melhore. Caso isso não aconteça em conjunto com as reformas estruturais, as pressões inflacionárias rapidamente irão ceder, deixando ainda menos espaço de manobra para a política fiscal e monetária, afirma o CICC. Fonte: Dow Jones Newswires.