Apesar da proposta de reforma da Previdência ter sido posta de lado por conta do acirramento do ambiente político, o cronograma das ações de médio e longo prazos, incluindo a reforma fiscal e o projeto de alongamento da dívida dos Estados, está mantido. Nos próximos dias, os projetos devem ser enviados ao Congresso.
Paralelamente, o governo busca avançar numa agenda regulatória na área de petróleo, aviação e de telecomunicações. Essa última será o próximo plano a ser anunciado pela área econômica. Mesmo a preparação da proposta de reforma das regras da Previdência não foi interrompida pela área econômica. O Fórum da Previdência, criado para definir uma proposta, manteve o cronograma e reuniu-se ontem em São Paulo.
Segundo fontes da equipe econômica, não é intenção do governo fazer uso das reservas internacionais, como pressionam setores do PT. A avaliação é de que informações desencontradas sobre esse tema provocam ruídos desnecessários nesse momento de fortes turbulências no mercado.
"A nossa estratégia não muda. Temos um projeto com começo, meio e fim e medidas de curto e longo prazos", afirmou um integrante da equipe econômica. Essa programação inclui a abertura de espaço fiscal para acomodar a queda de arrecadação e medidas para estimular o crédito, mas não há planos de mudança de rota.
O entendimento é de que é preciso mais do que nunca "tocar" a agenda. "Não podemos ficar paralisados à espera de uma janela de oportunidade", disse outro membro da equipe.