Enquanto o mercado de trabalho vai de mal a pior, diante do aprofundamento da recessão econômica, as startups brasileiras multiplicam o quadro de funcionários, aumentam o número de clientes e atraem o interesse de investidores no atual cenário econômico. Empresas da comunidade do San Pedro Valley – ecossistema de startups de Belo Horizonte, pretendem contratar mais de 220 pessoas até o fim do ano. Além disso, o número de aportes financeiros vêm impulsionando cada vez mais o desempenho de iniciantes promissoras – em 2015 os anjos investiram R$ 784 milhões em startups brasileiras, 14% a mais do que no ano anterior.
A geração de empregos com salários compatíveis com os de grandes corporações acompanha essa tendência. O cofundador e CEO da Hotmart, João Pedro Resende, ressalta que a média de remuneração das startups já consolidadas está acima da praticada por empresas tradicionais. “Nossa estratégia é muito baseada em ter profissionais fora da curva e otimizar velocidade e qualidade em vez de custo”, resume.
Com cinco anos de atuação, a empresa é líder na distribuição de produtos digitais da América Latina e triplicou sua equipe no ano passado, saltou de 35 para 107 funcionários. “Estamos na contramão da crise econômica. Uma das nossas metas é dobrar o tamanho da equipe, fechando o ano com mais de 200 funcionários”, afirma Bruna Costa, gerente do setor de Talentos.
Expansão
A Sympla, plataforma para venda e gestão de ingressos e inscrições para eventos, está com 21 vagas abertas na capital mineira. Outra startup em crescimento é a Rock Content, especializada em marketing de conteúdo. “Nossa expectativa é contratar mais de 80 funcionários e fechar o ano com 2 mil clientes. Para o ano que vem, pretendemos expandir para outros países da América Latina”, afirma Edmar Ferreira, CEO da Rock Content. A Sympla ainda tem vagas abertas para as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo e vai expandir mais três capitais ainda em 2016.“A nossa meta é duplicar a equipe este ano, mantendo um time ‘A’", afirma o cofundador e CEO Rodrigo Cartacho.
Para Rafael Ribeiro, gerente-executivo de Associação Brasileira de Startups (ABStartups), o crescimento está ligado ao amadurecimento dessas empresas nos últimos cinco anos. Em 2011, o número de startups brasileiras em operação era de 170. Atualmente, chega a 4,1 mil, 357 em Minas Gerais, que é o segundo maior estado em número de startups. “O diferencial está no poder das startups de se reinventar e de quebrar a burocracia, tomando decisões mais ágeis, para desespero das grandes indústrias, que em vez de contratarem, estão demitindo”, diz o executivo.
Serviço
GAMA BOOTCAMP | BELO HORIZONTE
Inscrições: de 4 a 25 de abril
Selecionados: 30 de abril
Treinamento: de 5 a
28 de maio
Informações e inscrições: www.gama.academy