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Estado de Minas

Moradia popular mantém procura

Especializada no segmento, a mineira MRV reforça o caixa, promove esforço de vendas e lucra R$ 128 mi


postado em 13/05/2016 06:00 / atualizado em 13/05/2016 11:31

A MRV Engenharia, maior construtora e incorporadora brasileira do segmento de imóveis populares, fechou o primeiro trimestre de 2016 com lucro líquido de R$ 128 milhões, ganho 20,7% maior em relação ao mesmo período de 2015, que foi de R$ 106 milhões. A despeito da forte crise da economia e dos efeitos da instabilidade política vivida no país, o resultado positivo da companhia reflete a procura firme por imóveis destinados à população de menor renda, associada à participação da MRV em diversos estados e ao esforço das equipes de vendas. Com melhor performance operacional e também financeira dos empreendimentos erguidos desde 2014, a empresa vem trabalhando na otimização da produção e na renegociação com fornecedores.

O balanço relativo ao período de janeiro a março último destacou avanço de 32,9% (3,4 pontos percentuais) da margem bruta na comparação com ano passado e de 12,9% da margem líquida. Melhorias na eficiência de repasses e recebimentos contribuíram, ainda, para que a MRV apurasse geração de caixa recorde para um trimestre, de R$ 180 milhões. Diante dos resultados, a construtora mineira manteve o melhor rating, indicador que mede a capacidade de um país ou empresa de honrar seus compromissos financeiros e a qualidade de crédito, no segmento. A empresa obteve nota AA-(br) da Fitch Ratings e brAA da Standard & Poor's, duas das maiores agências especializadas em classificação de risco.

“Quando o mercado cresceu muito, nos idos de 2010 e 2011, houve expansão grande do custo de mão de obra e de materiais. A crise econômica atual é forte, o que afetou a demanda. O lado bom é que a demanda por materiais caiu muito e estamos tendo grande capacidade (de negociar) junto aos fornecedores. O custo de mão de obra também caiu”, disse Leonardo Corrêa, diretor-executivo de Finanças da MRV. A construtora atua em 142 cidades brasileiras.

Ainda segundo o executivo, a empresa aposta no amadurecimento das suas operações nas chamadas cidades jovens. Nos municípios onde está presente, com base em estimativas da própria MRV, há aproximadamente 19 milhões de moradores na classe C, principal foco da companhia. O resultado do trimestre, divulgado ontem, indicou lançamentos de R$ 973 milhões entre janeiro e março – aumento de 3,8% em relação ao mesmo período do exercício passado – direcionados ao Minha casa, minha vida, programa federal de subsídio a moradias populares. Dessa forma, a companhia deixa claro que manteve o foco no segmento de imóveis econômicos.

“Os empreendimentos lançados no quarto trimestre de 2015 alcançaram 30% de vendas acumuladas no primeiro trimestre de 2016, confirmando o movimento da empresa em abastecer os estoques das regiões que tiveram alterações positivas nos limites das cidades, e também em municípios com estoque abaixo do potencial de mercado”, informou o relatório. O balanço revela que quase 85% das unidades dos empreendimentos a serem concluídos neste ano já foram vendidas. Quase três quartos já foram repassados, o que favorece o fluxo de recebimentos e geração de caixa no futuro.

SUBSIDIÁRIA A Urbamais, subsidiária loteadora do grupo, focada no público das classes B e C e com operação em cidades do interior com população acima de 500 mil moradores, contribuiu para os resultados da MRV. Nos primeiros três meses do ano, a Urbamais adquiriu duas áreas no estado de São Paulo, com potencial de fomentar o caixa da companhia em R$ 218 milhões. A subsidiária encerrou março com lucro líquido trimestral de R$ 700 mil.


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