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Estado de Minas

Novo ministro da Fazenda promete "medidas duras, porém necessárias"

No primeiro dia do expediente como ministro da Fazenda, Henrique Meirelles disse que a prioridades das prioridades do governo é cortar despesas para conter o crescimento do déficit fiscal


postado em 13/05/2016 08:24 / atualizado em 13/05/2016 11:01

Henrique Meirelles durante posse como ministro da Fazenda do governo Michel Temer(foto: Breno Fortes/CB/D.A Press)
Henrique Meirelles durante posse como ministro da Fazenda do governo Michel Temer (foto: Breno Fortes/CB/D.A Press)

No primeiro dia após a posse, o novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse qual será o receituário para sair da crise econômica: "serão medidas duras, porém necessárias", resumiu o ministro, que não adiantou, nesta sexta-feira, quais devem ser as propostas para reverter o crescimento do déficit fiscal - estimado para este ano, pelo governo da presidente afastada Dilma Rousseff, em torno de R$ 96 bilhões-, e também voltar a crescer e, com isso, diminuir as taxas de desemprego, hoje na casa dos 8,5%.

Meirellles disse aos jornalistas do Bom Dia Brasil, da TV Globo, que por enquanto não há medidas concretas para anunciar, porque está primeiro fazendo um levantamento das contas públicas. Mas prometeu: "dizer a verdade, qual é a realidade". De acordo com ele, a prioridade do governo é reverter o crescimento do déficit público. Segundo ele, não há outra saída para  conter o rombo senão cortar despesas. Perguntado se isso poderia refletir em cortes em programas sociais, o novo ministro não entrou no mérito da questão.

Meta realista


Meirelles disse que as "despesas do governo têm diversos componentes", dando os exemplos dos subsídios e da chamada "bolsa-empresário"- que são as desonerações a alguns setores da economia. "Vamos cortar despesas e privilégios", respondeu o ministro. Meirelles insistiu que a prioridade das prioridades do atual governo é " reverter essa trajetória", se referindo ao déficit fiscal. "Vamos estabelecer uma meta realista, que seja cumprida, que possa servir de base para as despesas públicas", afirmou.

Para o o novo ministro a Fazenda, o estado brasileiro "será solvente no futuro". Para tanto, descartou de imediato o aumento de impostos. A volta da CPMF, proposta em tramitação no Congresso Nacional, deverá, segundo Meirelles, ser deixada em banho-maria até que o governo resolva se vai  querer implementar o outrora "imposto do cheque".

Gastos

Meirelles disse que a primeira medida econômica da sua gestão será implementar um sistema de controle dos gastos que impeça o crescimento real (acima da inflação) das despesas públicas. Ele classificou esse sistema de "nominalismo" e defendeu o corte de gastos, além do fim dos privilégios com recursos públicos.

Previdência

Meirelles também tratou com cautela o tema da reforma da previdência, que ele disse ser inevitável. O Ministério da Previdência foi extinto pelo governo de Michel Temer e, em substituição, deverá ser criada uma secretaria sob o comando do Ministério da Fazenda. O ministro lembrou dos defensores da manutenção do atual sistema previdenciário. "Manter? Tudo bem. Quem paga?", reagiu o ministro. Meirelles disse que há vários estudos sobre a questão e caberá ao governo consolidá-los e enviar uma proposta ao Congresso. Ele adiantou que deve prevalecer, grosso modo, a tese da "idade mínima com regra e transição".


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