Brasília – O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta terça-feira que a missão de Ilan Goldfajn na presidência do Banco Central será de coordenar a execução da política monetária e cambial. O ministro confirmou que o presidente da autarquia deixará de ser ministro, mas terá prerrogativa de foro especial através de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC).
"Nesta PEC será proposto que seja colocado na Constituição a autonomia técnica e decisória do BC", garantiu, antes de ressaltar que "isso é muito importante porque mantém o que prevaleceu do ponto de vista prático, a autonomia de decisão". O substituto de Alexandre Tombini não ficou ao lado de Meirelles na entrevista porque ainda não havia chegado a Brasília.
O novo dirigente da Fazenda ressaltou que os nomes estão sendo anunciados gradualmente "na medida em que eu tenho tempo de estudar cada área e tomar as decisões com rapidez". "Com serenidade e profundidade, estaremos continuando, nos próximos dias, a avaliar e tomar decisões", afirmou. Segundo Meirelles, a próxima rodada de decisões será para os dirigentes dos bancos públicos.
Para a Secretaria do Tesouro Nacional, Meirelles afirmou que, "todos aqueles que não têm substitutos permanecem nos seus cargos" e reafirmou que Otávio Ladeira está entre esses casos. "Nada impede que outras mudanças sejam anunciadas nos próximos dias", frisou depois de ressaltar que "no momento, o Otávio Ladeira continua na secretaria do Tesouro assim como os demais secretários da Fazenda".
O ministro disse ainda que isso não quer dizer que serão anunciados novos nomes para cada um dos cargos.
Para a secretaria da Previdência, Meirelles reforçou que Marcelo Caetano está no exterior e disse ter contato com o novo secretário "por meios eletrônicos".