Em apenas 39 dias, o número de cervejarias registradas no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) passou de 320 para 397, uma alta de 24%. Os dados compreendem o período de 8 de abril até a última terça-feira (17). Para o Mapa, o crescimento se deve à abertura do mercado para novas tendências, principalmente, as cervejas artesanais. Embora haja mais registros, a produção cervejeira no país sofreu queda de 3,6% entre janeiro e abril deste ano
Atualmente são 5.254 produtos de cervejarias registrados no Mapa, distribuídos em cerca de 80 tipos diferentes de cerveja. Hoje, de acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Cerveja, essas bebidas chamadas de "especiais" ocupam 5% do mercado e têm previsão de dobrar o número de vendas nos próximos cinco anos.
Em Minas Gerais, estado considerado polo da fabricação da gelada artesanal, a delícia vem ganhando o paladar dos consumidores de dentro e fora do estado. “Entre as artesanais, observamos uma grande variedade de produtos com certa concentração em cervejas de trigo e outras do tipo Ale”, diz o fiscal agropecuário e mestre cervejeiro Carlos Müller. “Também existe uma nova tendência no mercado, que são as cervejas ácidas. Elas são mais azedas e, por isso, têm despertado o interesse do consumidor"
Segundo a Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil), somente em 2014 a produção de cervejas chegou a 1,4 bilhões de litros, e o setor empregou 2,2 milhões de pessoas. Mas, conforme dados atuais da entidade, a produção nacional de cerveja teve queda de 3,6% no período de janeiro a abril.