A Bovespa chegou aos 48.471,70 pontos. A possibilidade de elevação dos juros nos Estados Unidos, a instabilidade das commodities e o desconforto com o cenário político doméstico foram apenas alguns dos motivos para a cautela do investidor da renda variável. O dólar comercial, por sua vez, encerrou o último pregão do mês em alta de 0,96%, cotado a R$ 3,612 na venda.
O cenário político doméstico foi fator de desconforto durante todo o dia e, segundo operadores, também influenc iou o mercado, por incentivar maior cautela. Depois de Romero Jucá ter deixado o Ministério do Planejamento, na semana passada, anteontem foi a vez de Fabiano Silveira pedir demissão do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle. A segunda baixa do governo Temer, que teve início no último dia 12, também está relacionada à revelação de áudios comprometedores. Assim como Jucá, Silveira foi flagrado articulando contra a Operação Lava-Jato.
O preço do petróleo chegou a subir pela manhã, contribuindo para a alta da Bovespa no início, mas inverteu a tendência à tarde e arrastou as bolsas americanas. Com isso, Petrobras ON e PN tiveram queda de 3,78% e de 4,06%, respectivamente. Já a alta do dólar alimentou as ações de empresas exportadoras, que se destacaram em alta. Fibria ON valorizou-se 5,03%, beneficiada também pelo anúncio de reajuste de preços da celulose.