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Estado de Minas

Ana Vescovi é a nova secretária do Tesouro

Ministério da Fazenda confirma que a economista, atual secretária de Fazenda do Estado do Espírito Santo, assumirá o comando do Tesouro Nacional (STN), em substituição a Otávio Ladeira


postado em 02/06/2016 16:37 / atualizado em 02/06/2016 16:50

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, anunciou nesta quinta-feira, em nota à imprensa, que a economista Ana Paula Vescovi assumirá o comando do Tesouro Nacional (STN) em substituição a Otávio Ladeira. Servidor de carreira do órgão, Ladeira foi designado para o cargo de secretário-adjunto do Tesouro, que estava vago.

Atual secretária de Fazenda do Estado do Espírito Santo, Vescovi é mestre em Economia do Setor Público pela Universidade de Brasília (UnB), especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental e mestre em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Ela já atuou por 10 anos na Secretaria de Política Econômica (SPE) da Fazenda, onde foi secretária-adjunta de Macroeconomia entre 1997 e 2007.

À frente da secretaria de Fazenda do Espírito Santo, liderou um ajuste fiscal em 2015, apontado como bem-sucedido por especialistas em finanças públicas. Em recente artigo "A ênfase correta", publicado em abril no jornal O Estado de S. Paulo em parceria com Ana Carla Abrão, secretária de Fazenda de Goiás, a nova secretária do Tesouro defende o enfrentamento dos problemas estruturais nas contas dos governos estudais, refletido hoje no comprometimento da receita com despesas de pessoal superior a 80% na média.

"Alongar ou reduzir os encargos da dívida temporariamente não vai resolver o problema, ao contrário, vai agravá-lo", diz ela no texto, alertando que as receitas estaduais não podem continuar sendo consumidas sem espaço para investimentos e maior eficiência.

No artigo, a secretária adverte para os riscos de o Congresso Nacional desidratar as contrapartidas fiscais que estão sendo negociadas pela União com os Estados no programa de socorro financeiro. No comando do Tesouro, ela terá como primeiro desafio avançar nas negociações, que foram retomadas ontem pela equipe de Meirelles, com o menor risco para o ajuste fiscal prometido pelo governo federal.


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