A Usiminas anunciou ontem a assinatura de dois termos para renegociação de suas dívidas, sendo o primeiro com bancos brasileiros – Banco do Brasil, Bradesco e Itaú Unibanco – e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e o outro com debenturistas. Entre outras condições, os termos preveem prazo total de 10 anos para pagamento das dívidas da companhia perante as instituições financeiras e os debenturistas, a partir da assinatura dos instrumentos definitivos, e período de carência de três anos para o início do pagamento do principal. Os termos perderão a sua eficácia caso não ocorra a homologação, até 22 de julho, do aumento de capital de R$ 1 bilhão, conforme o fato relevante divulgado recentemente.
Na semana passada, o diretor-presidente da Usiminas, Sérgio Leite, afirmou que a renegociação das dívidas da empresa com os bancos estava em andamento, envolvendo alongamento da dívida e carência para início dos pagamentos. “Estamos rigorosamente no cronograma e devemos concluir esse processo nos próximos 30 dias”, disse, em evento em São Paulo. Na ocasião, descartou a alternativa de recuperação judicial da companhia. Além dos bancos brasileiros, a renegociação está sendo feita com o Banco Japonês para Cooperação Internacional (JBIC, na sigla em inglês).
Ao fim do primeiro trimestre, a dívida líquida da Usiminas era de R$ 5,692 bilhões, crescimento de 26% em um ano. Segundo o relatório que acompanhou o demonstrativo financeiro da Usiminas, em 2016 a companhia tinha vencimentos de R$ 1,576 bilhão. Em 2017, o valor sobe para R$ 1,768 bilhão e vai a R$ 2,015 bilhões em 2018. Já em 2019, os vencimentos caem para R$ 1,009 bilhão e para R$ 861 milhões em 2020.