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Estado de Minas

'Governo Temer não vai fazer milagre', afirma Romero Jucá


postado em 01/07/2016 08:49 / atualizado em 01/07/2016 09:10

Brasília - Primeiro ministro a deixar o governo, 15 dias depois da posse de Michel Temer, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) nega que tenha deixado a função por causa das investigações da Operação Lava Jato. Em entrevista à TV Estadão, ele disse que continuará contribuindo para as políticas de governo e que a gestão Temer não fará milagres, mas mudará tendências na economia. A seguir, trechos da entrevista.

O sr. voltaria a ser ministro do governo depois da manifestação do Ministério Público sobre seu envolvimento na Lava-Jato?

Primeiro, eu não saí do governo por causa da Lava Jato. Não considero demérito em ser investigado, considero demérito em ser condenado. Já dei explicações, cobrei o posicionamento do Ministério Público. Apoiei e apoio a Lava Jato. Sou presidente do PMDB, estou ajudando. Vou ajudar onde estiver. Tenho interesse que a investigação seja célere porque não se pode colocar uma nuvem de desconfiança sobre todos os políticos do Brasil. Isso agrava a crise. Fora da política existe aventura. E aventura já mostrou no Brasil que não dá certo. Dilma foi uma aventura.

A meta de déficit de mais de R$ 100 bilhões em 2017 não passa a percepção de que o governo não está fazendo o ajuste fiscal?

O governo Temer na economia não vai fazer o milagre de apresentar todos os resultados que queremos. Mas vai mudar as tendências e dar uma sinalização para o médio prazo de que a economia vai entrar no eixo. Vamos defender a meta de 2017 e sinalizar as de 2018 e 2019 como forma de atuar com previsibilidade.

Mas o déficit previsto é muito elevado.

O presidente Michel Temer e o ministro Henrique Meirelles não são mágicos. Ninguém tira coelho da cartola na economia. Ajusta a cartola, dá um polimento nela e recupera a cartola.

A economia vai continuar convivendo com déficits robustos?

Vamos correr para agir com reformas estruturantes, nas questões de concessões e PPPs (Parcerias Público-Privadas). Estamos numa linha que não é só a do corte de gasto. Outras ações no nível econômico têm de ser o forte do governo. Vamos ter também ações de animação econômica.


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