São Paulo, 04 - A confiança entre micro e pequenos empresários dos segmentos do varejo e de serviços cresceu 1,77% entre maio e junho, apontou nesta segunda-feira, 4, o SPC Brasil e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Aos 42,93 pontos, o indicador cresceu ainda 18% na comparação com junho de 2015. Em números, o indicador estava em 42,19 pontos em maio deste ano e em 36,38 pontos em junho de 2015.
A despeito da melhora registrada em junho, o nível de confiança permanece no terreno negativo, dado que o indicador de zero a 100 considera ambiente de confiança apenas números superiores a 50 pontos.
"Se há otimismo, os empresários estão mais dispostos a assumir riscos para ampliar seus negócios e contratar mais funcionários", afirma em nota o presidente da CNDL, Honório Pinheiro. "Mas o humor do empresariado também depende de medidas efetivas do governo para conter o aumento do desemprego e da deterioração fiscal, o que poderá ser observado nos próximos meses com o desenrolar da crise e dos fatos políticos", pondera.
O Indicador de Confiança é composto pelo Indicador de Condições Gerais, o qual busca medir a percepção dos entrevistados sobre os últimos seis meses, e pelo Indicador de Expectativas, que mapeia a percepção dos empresários em relação aos próximos seis meses.
O indicador de Condições Gerais atingiu 23,65 pontos em junho, praticamente estável em relação a maio deste ano (23,61 pontos), mas acima dos 20,69 pontos de junho do ano passado. Já o indicador de expectativas alcançou 57,39 pontos, contra 56,12 pontos de maio passado e de 48,15 pontos de junho de 2015.
Em termos percentuais, 84,6% consideram que a economia retrocedeu nos últimos seis meses, contra apenas 4,6% que consideram ter havido melhora. Para o futuro, 41,6% manifestaram confiança em relação ao desempenho da economia nos próximos seis meses e 25,4% manifestaram pessimismo. "Pela primeira vez o indicador acumulou dois meses seguidos em que o porcentual de otimistas é maior do que o de pessimistas", destacaram o SPC e a CNDL em nota.
O levantamento reúne 800 empreendimentos do setor comércio varejista e serviços, com até 49 funcionários, nas 27 unidades da federação, incluindo capitais e interior. A pesquisa é realizada durante os 10 primeiros dias úteis de cada mês.