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Estado de Minas

Volatilidade menor melhoraria competitividade no sistema bancário, diz Le Grazie


postado em 05/07/2016 13:07

Brasília, 05 - O indicado para a diretoria de Política Monetária do Banco Central (BC), Reinaldo Le Grazie, afirmou nesta terça-feira, 5, que a redução da volatilidade do cenário econômico é importante para aumentar a competitividade do sistema bancário. Em sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Le Grazie afirmou que a diminuição do fator de risco é um dos pontos que podem contribuir para a queda do spread bancário.

"É difícil saber fator o que impacta mais no tamanho do spread, mas o fator de risco é onde a gente consegue evoluir com rapidez. Se a gente diminuir a volatilidade geral, a gente melhora a competitividade do sistema bancário", disse.

O aspirante a diretor afirmou também que o Banco Central ainda terá que endereçar questões como as taxas de juros de cartões de crédito. "A regulação do mercado de cartão de crédito é recente, os pagamentos em meio eletrônico crescem muito no Brasil e têm funcionado bem. Temos que endereçar questões como reembolso e taxas de juros e saber como tratar, mas é mercado em crescimento", disse.

Gastos e dívida

As reformas estruturais devem assegurar a contenção de gastos e a estabilização da dívida, pontos importantes para a condução da política monetária, disse o indicado para a diretoria de Assuntos Internacionais do BC, Tiago Couto Berriel. Entre as reformas estruturais, ele citou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que institui o teto de gastos e uma eventual reforma da Previdência.

"Sobre o teto de gastos e a política fiscal, do ponto de vista da política monetária, é muito importante que essas reformas estruturais, seja teto de gastos ou eventual reforma da Previdência, venham assegurar contenção de gastos e estabilização da dívida", disse Berriel durante sabatina da CAE do Senado. Segundo o indicado a diretor, é preciso diminuir a incerteza fiscal.

Berriel reafirmou que espera que a inflação convirja para o centro da meta de 4,5% em 2017. "A redução de incertezas e a inflação na meta permitirão que a taxa básica de juros caia", disse o indicado.

No fim da sabatina da comissão, o indicado para a diretoria de Política Econômica do Banco Central, Carlos Viana de Carvalho, disse que a mudança do regime fiscal, com a criação de um teto para gastos, é fundamental para a eficácia da política monetária. "A percepção de que estamos caminhamos para a sustentabilidade da trajetória da dívida é o mais importante é já há uma clareza de que estamos caminhando nessa direção", afirmou.

Também sabatinado para a vaga de diretor de Relacionamento Institucional do BC, Isaac Sidnei Menezes Ferreira disse que a PEC para o teto de gastos é uma medida importante, que se presta ao reequilíbrio das contas públicas para que o endividamento público possa retomar uma trajetória sustentável.

"A medida veio em boa hora", considerou. Ele também aproveitou o momento para reforçar que o BC possui meios para alcançar a meta de inflação de 4,5% em 2017.


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