Com a vida mais cara, o belo-horizontino está pessimista em relação ao mercado de trabalho e ao futuro da economia do país. Foi o que constatou pesquisa da Fundação Ipead, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). De acordo com dados divulgados nesta terça-feira (5), o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) da cidade de BH, que mede a evolução dos gastos das famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos, apresentou uma variação positiva de 0,83% na quarta quadrissemana de junho/16. O Índice de Preços ao Consumidor Restrito (IPCR), referente às famílias com renda de 1 a 5 salários mínimos, apresentou, no mesmo período, variação positiva de 0,92%.
O estudo entende como quarta quadrissemana de junho o período que compreende as quatro semanas de junho de 2016. Os resultados foram obtidos pela Fundação IPEAD/UFMG, mediante comparação dos preços médios praticados no período de 01 a 30 de junho de 2016, quarta quadrissemana de junho, com os preços médios praticados entre 01 e 31 de maio de 2016, quarta quadrissemana de maio.
Dentre os 11 itens agregados que compõem o IPCA, os maiores destaques foram às altas de 3,99% para Saúde e cuidados pessoais e 3,94% para Alimentos elaboração primária. No sentido oposto destaca-se os Alimentos in natura com queda de 5,76%.
CESTA BÁSICA
O custo da cesta básica, que representa os gastos de um trabalhador adulto com a alimentação, , apresentou variação positiva de 1,14%, entre maio e junho de 2016. O valor da cesta em junh foi de R$ 411,55 e representou 46,77% do salário mínimo.
PESSIMISMO
A pesquisa abrange também o Índice de Confiança do Consumidor referente a junho de 2016. Com entrevistas feitas entre os dias 1º a 24 de junho, o índice alcançou 31,37 pontos, abaixo, portanto, do nível que separa o pessimismo do otimismo. De acordo com o Ipead, na escala de 0 a 100, o 100 representa o otimismo máximo.
Na comparação com o mês anterior, observou-se uma queda de 2,94%. O Índice de Expectativa Econômica (IEE) apresentou um recuo de 11,26% em comparação com o mês anterior, já para o Índice de Expectativa Financeira (IEF) foi observado um aumento de 1,31%. O item Emprego foi o que apresentou a maior variação negativa no mês, igual a - 20,18%