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Estado de Minas IDOSO PRESSIONA CALOTE

Falta de planejamento financeiro leva inadimplência a crescer 5,67% em BH em julho

Alta é maior entre os consumidores mais velhos


postado em 17/08/2016 06:00 / atualizado em 17/08/2016 07:53

O número de consumidores com o nome sujo na praça cresceu 5,67% em julho na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo dados do Serviço de Proteção ao Crédito da Câmara dos Dirigentes Lojistas (SPC/CDL-BH). Na mesma base de comparação, a alta é a maior dos três anos. Em relação a junho, o indicador avançou 0,64%. As contas em atraso cresceram mais entre os consumidores mais velhos e caiu entre os mais novos.

A falta de planejamento financeiro, aliada ao crescimento da inflação e do desemprego, é o principal motivo apontado pela CDL-BH para o avanço do calote. Segundo a pesquisa, o maior crescimento da inadimplência em julho, frente ao mesmo mês de 2015, foi registrado pelos consumidores mais velhos (31,5%) com idade superior aos 65 anos. Na análise por gênero, a disputa ficou bem equilibrada entre mulheres (5,42%) e homens (5,4%).


Segundo a economista da CDL-BH, Ana Paula Bastos, o planejamento financeiro é essencial para o consumidor manter suas contas equilibradas. “Mas o que temos percebido é que muitas famílias não têm planejado suas despesas. Com isso, a inadimplência na capital bateu recorde em julho”, afirma. “Como a renda das famílias está sendo pressionada pela inflação, quem não planeja suas despesas acaba tendo mais dificuldades em honrar seus compromissos”, avalia.


CONSUMO


Pesquisa da Confederação Nacional do Comércio, Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgada também ontem, apontou que a Intenção de Consumo das Famílias (IFC) registrou alta de 0,9% este mês em relação a julho, com 69,3 pontos em uma escala de 0 a 200. Foi o primeiro aumento mensal registrado pelo índice nos últimos seis meses. No entanto, na comparação com o mesmo período do ano passado, o IFC teve queda de 15,3%.

Diferentemente dos meses anteriores, o índice teve aumento na comparação mensal nos sete indicadores que o compõem. Porém, o indicador ainda permanece em um nível menor que 100 pontos, abaixo da chamada zona de indiferença, que indica insatisfação com a situação atual.


Único quesito acima da zona de indiferença, a avaliação do emprego atual teve alta de 1,6% e chegou aos 102,3 pontos. Na comparação anual, o quesito teve recuo de 5,6%. Atualmente, o percentual de famílias que se sentem mais seguras em relação ao emprego é de 28,9%.

O nível de consumo subiu 0,5% em relação ao mês anterior, mas teve queda de 29% em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo a CNC, o elevado custo do crédito, o aumento do endividamento e do desemprego são alguns fatores que explicam as variações negativas em relação ao ano passado.


“Mesmo com a perda da força da inflação e seus impactos favoráveis nas vendas, a confiança do consumidor ainda segue fragilizada por causa do encarecimento do crédito e da instabilidade no mercado de trabalho”, afirmou Juliana Serapio, assessora econômica da CNC, em nota oficial.


As expectativas das famílias em relação ao futuro também melhoraram. A perspectiva em relação ao mercado de trabalho avançou 0,5% em relação ao mês passado, mas teve queda de 5,4% na comparação anual. A perspectiva de consumo teve aumento de 0,4% em agosto ante a julho. Na comparação anual, entretanto, o recuo foi de 20,4%.


Essas expectativas menos negativas para o segundo semestre levaram a CNC a revisar suas projeções para as vendas no varejo restrito de -5,6% para -5,4% ao final de 2016. Também houve revisão da projeção para o varejo ampliado (que engloba automóveis e materiais de construção) de -10,6% para -9,8%.

Empresário confiante

O Índice Confiança do Empresário Industrial (Icei) subiu 4,2 pontos e alcançou 51,5 pontos em agosto. Com isso, após 28 meses, o indicador fica acima da linha divisória dos 50 pontos, mostrando que os empresários estão mais confiantes. Os dados foram divulgados ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O Icai estava abaixo dos 50 pontos desde março de 2014 e, após abril, com o andamento do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, começou a se recuperar. As grandes empresas são as mais confiantes e registraram 53,1 pontos no indicador de agosto, ante 50,7 pontos das médias empresas e 48,9 pontos das pequenas, ligeiramente abaixo dos 50 pontos. Na avaliação do presidente da CNI, Robson Andrade, a virada do Icei é um bom sinal. “À medida que as reformas forem aprovadas, o processo de recuperação da economia deve se consolidar”, acredita.


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