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Estado de Minas ATRÁS APENAS DA ÁFRICA DO SUL

Real é a segunda moeda mais valorizada do mundo em julho

Dólar fechou a quinta-feira cotado a R$ 3,233


postado em 19/08/2016 00:12 / atualizado em 19/08/2016 08:04

Londres e São Paulo – O dólar teve ontem sua sexta alta consecutiva ante o real, dando continuidade ao movimento de recomposição de posições compradas. A moeda norte-americana chegou a cair pela manhã, mas ganhou fôlego e terminou o dia cotada a R$ 3,233 na cotação comercial, com ganho de 0,68%. O noticiário internacional foi mais extenso que o doméstico, com investidores repercutindo incertezas quanto à política monetária dos Estados Unidos e as condições econômicas na Europa. Ainda assim, o mercado brasileiro mostrou que o quadro fiscal persiste como importante preocupação, justificando uma postura mais cautelosa. Nesse contexto, a presença do Banco Central como comprador de moeda, agora com maior força, contribuiu para sustentar as cotações nos mercados à vista e futuro.


Em seis dias ininterruptos de alta, o dólar já ganhou 3,47% ante o real. A sequência coincide com a elevação da oferta diária de contratos de swap cambial reverso do Banco Central, iniciada dia 10, e declarações do presidente interino, Michel Temer, admitindo desconforto com a apreciação do câmbio. Também pelo sexto dia consecutivo, o BC vendeu 15 mil contratos de swap cambial reverso, no valor de US$ 750 milhões. A operação equivale à compra de dólares no mercado futuro.


Dados do Banco Internacional de Compensações (BIS) mostram que o real foi a segunda moeda com maior alta do mundo em julho, atrás apenas da África do Sul. Na comparação trimestral e no acumulado dos sete primeiros meses do ano, a moeda brasileira é a divisa que apresenta a maior valorização entre 60 acompanhadas pela entidade. Ao calcular a taxa de câmbio real efetiva, o banco mostra que o real se valorizou 6,2% no mês passado, teve alta de 10,7% em 90 dias e acumula salto de 30% ante o piso observado em setembro do ano passado.


Mensalmente, o BIS calcula a taxa de câmbio efetiva de 60 países em um levantamento que leva em conta as médias geométricas ponderadas pelas taxas bilaterais entre as moedas do levantamento. O estudo é ajustado ainda pela inflação ao consumidor. Essa pesquisa mostra a firme tendência de apreciação já vista na taxa nominal do câmbio brasileiro. Segundo o BIS, com esse fortalecimento, o dinheiro brasileiro voltou ao patamar observado em janeiro de 2015.


A valorização vista no Brasil em julho foi a segunda maior do levantamento e ficou atrás apenas do rand da África do Sul, que teve alta de 6,8%. Entre demais países, o peso chileno teve valorização de 3,9%, a taxa de câmbio da Rússia teve apreciação de 3,1%, o dólar australiano avançou 2,4%, o rúpia da Índia e o peso colombiano se fortaleceram 1,2%, enquanto o dólar dos Estados Unidos ganhou 0,5%. No sentido contrário, o peso argentino teve queda real de 4,7% e a libra esterlina perdeu 6,6% no mês seguinte ao plebiscito – o pior desempenho no mês.


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