O aproveitamento de frutos do cerrado feito pelas mulheres da Cooperativa de Agricultores Familiares e Agroextrativistas do Vale do Peruaçu, além de garantir o sustento das famílias, contribui para a preservação do meio ambiente. “A ação agroextrativista cria alternativas de renda sustentáveis para as comunidades, pois, a coleta dos frutos nativos é feita de tal forma que as árvores são preservadas, sem sofrer nenhum corte”, afirma o ambientalista Eduardo Gomes, diretor do Instituto Grande Sertão, Organização Não Governamental (ONG) de Montes Claros.
Eduardo Gomes salienta que o agroextrativismo verificado no Vale do Peruaçu ajuda a “poupar” as veredas que, mesmo sendo áreas de preservação ambiental, historicamente sofreram impactos provocados pelos pequenos produtores. Ele afirma que as práticas das mulheres do Vale do Peruaçu deveriam ser seguidas como exemplo. “O governo deveria incentivar ações como o extrativismo, criando opções de renda para que as famílias sobreviverem com o uso sustentável dos recursos disponíveis”.
A agricultora Arlinda Correa lembra que ao lado das companheiras preserva as nascentes da região e o Rio Peruaçu. “Quem gosta da natureza se sente feliz em colher os frutos do mato”, enfatiza. (LR)