A métrica financeira principal é de reduzir em 2018 a alavancagem para 2,5 vezes a relação dívida líquida sobre o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), na comparação com o indicador de 5,3 vezes anotado em 2015.
Nesta segunda-feira, 19, o conselho de administração aprovou o documento, que só foi divulgado na manhã desta terça-feira, 20. Antes disso, o presidente da companhia, Pedro Parente, em entrevista exclusiva ao Broadcast, havia antecipado que o plano teria dois pilares, o financeiro e o de segurança. Nesse quesito, a meta é reduzir em 36% a Taxa de Acidentados Registráveis por milhão de homens-hora, de 2,2 em 2015 para 1,4 em 2018.
O novo plano prevê corte nos investimentos totais de 25%, para US$ 74,1 bilhões ante US$ 98,4 bilhões da última revisão do plano 2015-2019, ocorrida em janeiro passado. O último plano, divulgado em junho de 2015, previa investimentos totais de US$ 130 bilhões, mas passou por revisões e então ficou 30% menor.
"A carteira de investimentos do Plano prioriza projetos de exploração e produção de petróleo no Brasil, com ênfase em águas profundas", diz o documento.
Na área de Exploração & Produção, a Petrobras investirá US$ 60,6 bilhões, sendo 76% para desenvolvimento de produção, 11% para exploração e 13% para suporte operacional. Já as áreas de refino e gás natural receberão investimentos de US$ 12,4 bilhões, metade para continuidade operacional dos ativos e metade para projetos relacionados ao escoamento da produção de óleo e gás.
A empresa explica ainda que essa redução do volume de investimento não terá grande impacto nas metas operacionais, e o plano também prevê a adoção de novas medidas para redução de custos. "Dentre essas ações destaca-se a implantação de novas ferramentas de gestão, como o Orçamento Base Zero (OBZ), a gestão diferenciada de contratos e de pessoal". A meta é reduzir em 18% os gastos operacionais gerenciáveis na comparação com valor estimado caso nenhuma iniciativa fosse implementada.