Com um recuo da oferta mais acentuado do que o da demanda, a taxa de aproveitamento das aeronaves em voos domésticos operados por empresas brasileiras melhorou e ficou em 78,8% em agosto de 2016, o que representa uma alta de 0,2 ponto percentual (p.p.) ante o reportado no mesmo mês do ano passado. No período de janeiro a agosto de 2016, o aproveitamento doméstico foi de 79,9%, frente a 80,2% do mesmo período de 2015.
No total, as empresas aéreas nacionais transportaram 7,3 milhões de passageiros pagos no mercado doméstico em agosto, o que corresponde a uma queda de 6,46% em relação ao mesmo mês de 2015. No acumulado dos primeiros oito meses do ano, a quantidade de passageiros transportados soma 59,2 milhões, um recuo de 8,16% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já a carga paga transportada no mercado doméstico foi de 27,5 mil toneladas em agosto de 2016, o que representou redução de 2,26% em relação a agosto de 2015. No ano, a carga paga doméstica transportada acumulou redução de 8,68% em relação ao mesmo período de 2015, tendo atingido 204,6 mil toneladas.
Além da queda nas operações no Brasil, as companhias aéreas brasileiras registraram em agosto deste ano um recuo de 6,68% na demanda por transporte internacional de passageiros, em relação ao mesmo mês de 2015, informou a Anac. Com esse resultado, a demanda internacional registrou o sexto mês consecutivo de queda. No acumulado de janeiro a agosto, a demanda internacional caiu 1,83% em relação ao mesmo período de 2015.
Já a oferta internacional de transporte de passageiros diminuiu 8,86% em agosto, na mesma comparação, marcando seis meses seguidos de retração do indicador. No acumulado dos oito primeiros meses de 2016, a oferta internacional sofreu redução de 3,54%. A taxa de aproveitamento das aeronaves em voos internacionais de passageiros operados por empresas brasileiras foi de 85,5% em agosto, o que corresponde a um aumento de 2 pontos percentuais (p.p.) ante os 83,5% verificados no mesmo mês de 2015. No período de janeiro a agosto deste ano, o aproveitamento internacional chega a 82,7%, ante 81,3% no mesmo intervalo do ano passado.
O número de passageiros pagos transportados por empresas brasileiras no mercado internacional em agosto de 2016 atingiu 642,4 mil – na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o indicador apresentou queda de 2,33%. No ano, foram transportados 4,9 milhões de passageiros no mercado internacional, um avanço de 1,77% na comparação anual.
Participação A Gol liderou o mercado doméstico no mês passado, com uma participação, medida pelo indicador de demanda RPK, de 35,6%, acima dos 34,6% de sua principal concorrente, a Latam. A Azul ficou em terceiro lugar em agosto, com 17,2% do mercado, enquanto a Avianca Brasil registrou 11,9% de participação. "Entre as principais empresas aéreas brasileiras, apenas a Avianca apresentou crescimento na demanda doméstica em agosto de 2016, quando comparada com o mesmo mês de 2015, da ordem de 14,7%", destaca a Anac, em comunicado. "Latam, Azul e Gol registram retração de 14,2%, 4,7% e 2,8%, respectivamente".
Já o mercado de voos internacionais operado por empresas brasileiras é atendido basicamente por Latam, Gol e Azul, sendo que, em agosto, a Latam respondeu pela maior fatia, de 79,4%. A Gol, por sua vez, ficou com 11,1% do mercado de voos internacionais em agosto, enquanto a Azul registrou 9,4% de participação. A Avianca Brasil respondeu por apenas 0,1% do mercado internacional.
Venda de ações
A TEP Chile, sociedade controlada pela família Amaro, do Brasil, vendeu ontem um total de 35,3 milhões de ações da Latam Airlines na bolsa de Santiago, o que equivale a uma fatia de aproximadamente 6,47% do capital acionário da companhia aérea, por 194,38 bilhões de pesos chilenos (aproximadamente US$ 293,5 milhões). O bloco foi comprado pela CVA, sociedade anônima aberta com 99,98% de participação da família Cueto, do Chile – a operação já estava acertada entre as partes e foi informada ontem ao mercado chileno. Com a conclusão, o Grupo Cueto passou a deter 171,69 milhões de ações da Latam Airlines, o que representa aproximadamente 31,47% do capital acionário da empresa, enquanto a TEP Chile e a família Amaro ficaram com 30,25 milhões de ações, ou cerca de 5,59% da Latam.