Brasília – O brasileiro começa a dar sinais de que o pior da crise econômica, em sua avaliação, pode ter ficado para trás. O Índice de Medo do Desemprego (IMD) medido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) atingiu, em setembro, 61,2 pontos. O resultado segue bastante acima da média histórica, de 48,2 pontos, mas representa uma queda de 6,7 pontos em relação ao dado anterior, de junho, e um recuo de 3,9 pontos ante setembro de 2015.
Também medido pela CNI, o Índice de Satisfação com a Vida (ISV) atingiu em setembro os 67,0 pontos. Ele permanece abaixo da média histórica, de 70,0 pontos, mas avançou 2,5 pontos em relação a junho e 1,9 ponto ante setembro de 2015. Foi o segundo avanço consecutivo na percepção de satisfação com a vida entre os brasileiros. De acordo com a CNI, a satisfação com a vida é maior no grupo com renda familiar acima de cinco salários mínimos (70,9 pontos) Entre os que ganham até um salário mínimo, o índice atinge 65,0 pontos.
Chama atenção ainda o fato de que a satisfação com a vida, conforme o índice da CNI, é maior entre as pessoas que moram no interior do Brasil (68,3 pontos), na comparação com aqueles que estão nas capitais (65,9 pontos) ou nas periferias (63,4 pontos). Para a formulação dos índices, foram entrevistadas 2.002 pessoas em 143 municípios do País, de 20 a 25 de setembro.
Erro do Ministério do Trabalho na rede
Enquanto o brasileiro diminui o medo de ficar sem emprego, o Ministério do Trabalho erra na conta das férias dos brasileiros. O ministério divulgou em suas redes sociais, no domingo, um vídeo em que mostra quantos dias de férias o trabalhador tem direito em diferentes países, segundo a legislação local. Mas, logo que publicado, o conteúdo sofreu críticas dos internautas. Apesar de ter adotado o critério de dias úteis para todos os países que citava, como Estados Unidos, México, China e Argentina, para o Brasil, o Ministério resolveu utilizar o total de dias corridos.
Assim, a Suécia, por exemplo, em que o trabalhador tem direito a 25 dias úteis de férias, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), parecia garantir período menor do que o Brasil, que ofereceria 30 dias. Porém, diferentemente do que foi publicado pelo Ministério, pelo critério de dias úteis adotado pela OIT, os brasileiros têm direito a 21 dias de folga. Na segunda-feira, após quase 1.000 comentários na postagem, a Pasta editou o texto que acompanhava o vídeo, admitindo o erro Na manhã de ontem, o vídeo já não estava mais disponível em sua página no Facebook.