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Estado de Minas

População está com menos medo de perder emprego

Pesquisa mostra queda no índice de temor do desemprego, mas taxa de 61,2 pontos ainda está acima da média histórica


postado em 12/10/2016 06:00 / atualizado em 12/10/2016 08:23

Brasília – O brasileiro começa a dar sinais de que o pior da crise econômica, em sua avaliação, pode ter ficado para trás. O Índice de Medo do Desemprego (IMD) medido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) atingiu, em setembro, 61,2 pontos. O resultado segue bastante acima da média histórica, de 48,2 pontos, mas representa uma queda de 6,7 pontos em relação ao dado anterior, de junho, e um recuo de 3,9 pontos ante setembro de 2015.

Os números foram divulgados ontem pela CNI. Quando maior o índice, maior o medo da população em perder o emprego. De acordo com a confederação, o medo de desemprego é maior entre os entrevistados com renda familiar mais baixa. Entre aqueles com renda superior a cinco salários mínimos (mais de R$ 4,4 mil), o IMD foi de 49,8 pontos em setembro – ou seja, mais próximo da média geral histórica. Por outro lado, pessoas com renda familiar de um a dois salários mínimos (R$ 880 a R$ 1,76 mil) têm IMD de 67,9 pontos. Entre aqueles com renda de até um salário mínimo (R$ 880), o índice é de 66,9 pontos.

Também medido pela CNI, o Índice de Satisfação com a Vida (ISV) atingiu em setembro os 67,0 pontos. Ele permanece abaixo da média histórica, de 70,0 pontos, mas avançou 2,5 pontos em relação a junho e 1,9 ponto ante setembro de 2015. Foi o segundo avanço consecutivo na percepção de satisfação com a vida entre os brasileiros. De acordo com a CNI, a satisfação com a vida é maior no grupo com renda familiar acima de cinco salários mínimos (70,9 pontos) Entre os que ganham até um salário mínimo, o índice atinge 65,0 pontos.
Chama atenção ainda o fato de que a satisfação com a vida, conforme o índice da CNI, é maior entre as pessoas que moram no interior do Brasil (68,3 pontos), na comparação com aqueles que estão nas capitais (65,9 pontos) ou nas periferias (63,4 pontos). Para a formulação dos índices, foram entrevistadas 2.002 pessoas em 143 municípios do País, de 20 a 25 de setembro.

Erro do Ministério do Trabalho na rede

Enquanto o brasileiro diminui o medo de ficar sem emprego, o Ministério do Trabalho erra na conta das férias dos brasileiros. O ministério divulgou em suas redes sociais, no domingo, um vídeo em que mostra quantos dias de férias o trabalhador tem direito em diferentes países, segundo a legislação local. Mas, logo que publicado, o conteúdo sofreu críticas dos internautas. Apesar de ter adotado o critério de dias úteis para todos os países que citava, como Estados Unidos, México, China e Argentina, para o Brasil, o Ministério resolveu utilizar o total de dias corridos.

Assim, a Suécia, por exemplo, em que o trabalhador tem direito a 25 dias úteis de férias, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), parecia garantir período menor do que o Brasil, que ofereceria 30 dias. Porém, diferentemente do que foi publicado pelo Ministério, pelo critério de dias úteis adotado pela OIT, os brasileiros têm direito a 21 dias de folga. Na segunda-feira, após quase 1.000 comentários na postagem, a Pasta editou o texto que acompanhava o vídeo, admitindo o erro Na manhã de ontem, o vídeo já não estava mais disponível em sua página no Facebook.


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