São Paulo, 13 - A Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) publicou comunicado em jornais em que critica o reajustes de preços praticados pelas siderúrgicas nacionais fornecedoras de aços planos.
"Observamos que, desde o fim de 2015, são anunciados reajustes em porcentuais praticamente idênticos, substanciais e sucessivos dos preços praticados pelas siderúrgicas nacionais fornecedoras de aços planos, de forma incoerente com a crise que afeta o mercado e em descompasso com o equilíbrio entre oferta e demanda."
A publicação lembra que, em dezembro de 2015, foi realizado um aumento de 5% nos preços, seguido de um de 12% em maio de 2016 e em junho novamente outro de 12%. Para novembro, novo reajuste médio de 5% está sendo noticiado "nos parece que de forma coordenada, de modo que essa matéria-prima acumula alta de quase 40% em 2016".
A Eletros ressalta que a indústria brasileira e mundial consumidora de aços planos está em retração, em especial as indústrias automotiva e de linha branca.
Segundo a associação, no contexto de retração da demanda e excedente de oferta, os sucessivos aumentos de preço "parecem carecer de racionalidade econômica", já que uma situação de crise justificaria que os ofertantes buscassem absorver custos para ganhar competitividade.
A Eletros declara-se preocupada, pois produtos importados que contém aço, já manufaturados na forma final, ganham competitividade por fazer uso da matéria-prima mais barata. "Dessa forma, esse comportamento põe toda a cadeira nacional de fornecimento para linha branca em estado de alerta."
"Apoiamos que a indústria de aço busque eficiência para eliminar aumentos de custos e traga seu patamar de preços para níveis internacionais, favorecendo assim seu próprio mercado, a indústria de transformação e os consumidores, que terão maior acesso aos produtos finais", finaliza a associação.