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Estado de Minas

Inadimplência das empresas cresce 1,26% em setembro, dizem SPC Brasil e CNDL

O presidente da CNDL, Honório Pinheiro, comentou que a recessão econômica continua sendo o motivo principal para o crescimento do número de empresas com o CNPJ negativado


postado em 24/10/2016 10:07 / atualizado em 24/10/2016 10:32

São Paulo - O número de empresas inadimplentes cresceu 1,26% na passagem de agosto para setembro deste ano, sem ajuste sazonal, informaram nesta segunda-feira, 24, o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Na comparação anual com setembro de 2015, a alta foi de 12,20%, após dois meses de desaceleração ante mesmo período do ano anterior.

Nas duas bases de comparação, houve também um aumento na quantidade de dívidas em atraso em nome de pessoas jurídicas, de 1,09% de agosto para setembro deste ano sem ajuste sazonal e de 14,55% frente a setembro de 2015.

Os dados referem-se às regiões Centro-Oeste, Norte, Nordeste e Sul. A região Sudeste não foi considerada devido à Lei Estadual nº 15.659 que vigora no Estado de São Paulo e dificulta a negativação de pessoas físicas e jurídicas no Estado.

Entre as quatro regiões analisadas, o Nordeste foi a que apresentou a maior variação mensal, de 1,43%, seguida do Norte (1,32%), Sul (1,29%) e Centro-Oeste (0,82%).

Já em relação aos setores que fazem parte da pesquisa, o comércio é o que concentra o maior número de empresas negativadas, com mais da metade das companhias inadimplentes (50,29%). O ramo de serviços figura em segundo lugar com 34,53% de pessoas jurídicas inadimplentes.

O presidente da CNDL, Honório Pinheiro, comentou que a recessão econômica continua sendo o motivo principal para o crescimento do número de empresas com o CNPJ negativado, principalmente por conta dos juros elevados.

"A atividade econômica ainda enfraquecida prejudica o faturamento das empresas e, consequentemente a sua capacidade de pagamento. Se o cenário de recuperação econômica se confirmar, o que ainda não parece tão claro, podemos esperar uma desaceleração mais intensa no ritmo ainda alto do crescimento da inadimplência", explicou Pinheiro, em nota.


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