A busca por viagens para a América do Sul e Caribe deve apresentar um crescimento de 30% no fechamento de 2016, em relação ao ano passado, enquanto para Europa e Estados Unidos, o acréscimo deve ser de 10%, segundo a associação das operadoras de turismo. Para a presidente da entidade, Magda Nassar, a expectativa é de que o aumento na média de viagens para fora do Brasil seja de 20% até dezembro.
De acordo com a Associação Brasileira de Agências de Viagem (Abav), os destinos que deverão puxar essa retomada são Estados Unidos, Caribe e América do Sul.
Planejamento
A maior estabilidade no cenário econômico nos últimos meses tem influenciado o comportamento do turista brasileiro, de acordo com o diretor de produtos internacionais da CVC, Fábio Mader. A retomada da confiança na economia está motivando os consumidores a planejar as viagens com mais antecedência.
"Em 2015, as pessoas adquiriram as viagens perto da data de embarque, com uma antecedência média de 45 dias", lembra Mader. "Agora, os consumidores voltaram a planejar as férias, com uma antecedência de compra de 70 dias, em média, em relação à data de embarque."
Decidir com antecedência foi exatamente o que fez o advogado e professor universitário Anderson de Souza e Silva. Ele decidiu comemorar seu aniversário de 50 anos em uma viagem para o Oriente Médio e para a Europa, no fim de novembro.
As passagens de avião foram compradas em uma agência de viagens ainda no mês de setembro. A queda do dólar animou o advogado a realizar o sonho. "Aproveitei que o dólar está diminuindo para fazer esta viagem. Sempre quis conhecer o Oriente Médio."
A empresária Laís Queluz já planejava viajar mesmo com o dólar alto, mas vai aproveitar a recente valorização da moeda brasileira para estender a temporada nos Estados Unidos.
O pacote para um cruzeiro na Flórida, com o objetivo de comemorar o aniversário de 3 anos da filha, já estava comprado. Com a decisão de estender as férias, agora Laís, o marido e os filhos vão passar mais seis dias na região para visitar atrações como os parques de diversão da Disney.
Apesar da melhora em relação ao ano passado, Magda Nassar, da Braztoa, diz que a entidade ainda vê 2016 como um "ano de recuperação" da economia, evitando fazer comparações com outros tempos, como 2013, quando o dólar estava cotado a cerca de R$ 2.