(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Contratações temporárias de fim de ano serão raridade nas lojas de BH

Apesar da crença de que o atendimento faz diferença para atrair clientes, haverá menos vagas para o período


postado em 06/11/2016 06:00 / atualizado em 06/11/2016 07:34

Danísia Pereira foi uma das funcionárias contratadas pela Gujoreba para atender o aumento da demanda(foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)
Danísia Pereira foi uma das funcionárias contratadas pela Gujoreba para atender o aumento da demanda (foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)

Apesar de o investimento no atendimento ser citado pelos comerciantes como uma das principais estratégias para alavancar as vendas neste Natal, o setor está cortando nas vagas temporárias, acompanhando a previsão de menor demanda. Este ano, segundo pesquisa divulgada pela Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL-BH), serão 1,5 mil vagas a menos e a grande maioria do comércio, 81,8%, vai contratar apenas um funcionário, além de não enxergar muitas chances de manter no quadro da empresa aqueles que chegam para reforçar a equipe em novembro e dezembro. A estimativa é que de agora até o Natal sejam abertas 2.048 vagas temporárias na capital. Quem está apostando na qualificação do atendimento considera a estratégia crucial para manter as vendas no mesmo patamar do ano passado.


Na loja Gujoreba, na Savassi, especializada em artigos para presentes, decoração e utilidades domésticas, a aposta está em novidades como árvores e pisca-pisca de LED, no maior número de parcelas e no atendimento. Fora da curva, o time de vendas da loja foi reforçado. “Contratamos quatro funcionários temporários para atender muito bem o cliente”, aponta o proprietário, Gustavo Josias. Uma delas foi Danísia Pereira, que já está se esforçando para oferecer peças de decoração natalina para a clientela. Segundo o lojista, o reforço no quadro de pessoal tem o objetivo de fortalecer as vendas e vem junto com o parcelamento alongado. “Antes, as compras eram divididas no cartão em até três vezes. No Natal, vamos ampliar para até seis parcelas.”

Sem passar em branco
Segundo o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), Bruno Falci, as contratações acompanham as perspectivas de vendas menores. “Mesmo assim, as lojas deverão receber um fluxo maior de consumidores. Os belo-horizontinos podem até comprar presentes de menor valor agregado, mas dificilmente deixarão a data passar em branco.”

A designer Camila Magalhães planejou lançar uma nova coleção de acessórios da sua marca Incomun praticamente no mês do Natal. Com uma loja na Savassi, ela também participa de feiras e acredita que suas vendas podem ficar no mesmo patamar do ano passado. “O país está em crise, mas não se fala mais tanto no tema como antes”, observa. Otimista, ela conta que vai lançar 15 novos produtos, (acessórios variados como brincos, colares, pulseiras) para o Natal, variando entre R$ 8 e R$ 120. “Os presentes, na média de preços, devem ficar entre R$ 50 e R$ 70”, calcula.

Outra estratégia da Incomun será investir na decoração de Natal e ficar aberta por mais tempo. “Estamos negociando para funcionar até as 17h nos sábados de dezembro e no último sábado antes do Natal não teremos hora para fechar. Vamos atender até o último cliente.” A loja também vai distribuir cupons com descontos entre 10% e 15% para quem fizer suas compras até 24 de dezembro.

CONTRATAÇÕES EM NÚMEROS

2.048
vagas temporárias previstas para BH

90,9%
serão para o cargo de vendedor


9,1%
serão para a função de caixa


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)