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Estado de Minas

Comerciantes sentem consumidor mais otimista e preparam 'artilharia' para o Natal

Entre as estratégias estão oferecer descontos para pagamentos à vista e esticar o parcelamento no cartão


postado em 06/11/2016 06:00 / atualizado em 06/11/2016 07:36

Para Flávio Assunção, consumidores estão mais otimistas, mas vão optar por presentes mais baratos (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Para Flávio Assunção, consumidores estão mais otimistas, mas vão optar por presentes mais baratos (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

Produtos baratos, cupons de descontos, parcelamentos a perder de vista e até antecipação de promoções, que geralmente ocorrem em janeiro, fazem parte da artilharia do comércio para convencer o consumidor a comprar presentes para este Natal. A projeção da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL-BH) é de que as vendas do comércio de Belo Horizonte encolham entre 1% e 2% em dezembro, frente a igual período do ano passado. Mas indicadores, como a inflação menor que a de 2015, e um pequeno crescimento do otimismo do consumidor fazem com que lojistas de alguns setores contem até mesmo com um avanço dos negócios relacionados ao melhor período do ano para o comércio brasileiro.


Apostando que as famílias este ano vão sair em busca de presentes mais baratos, os comerciantes da Região Central de Belo Horizonte esperam recuperar os prejuízos acumulados durante o ano no Natal. Para isso, vão lançar mão de uma completa “artilharia”, diz Flávio Assunção, presidente da Associação dos Lojistas do Hipercentro. Segundo ele, um ensaio de recuperação das vendas foi percebido no Dia das Crianças. “Estamos sentindo o consumidor um pouco mais otimista e em busca de itens mais baratos, o que pode favorecer o comércio popular nesse início de retomada da economia”, observa Assunção. Segundo ele, todo o planejamento feito pelos lojistas para o Natal priorizou os produtos de menor preço.

PARCELAS ELÁSTICAS Entre as estratégias dos comerciantes estão oferecer descontos para pagamentos à vista e esticar o parcelamento no cartão. Se antes o máximo para pagar os presentes de Natal era dividir a fatura em três a quatro vezes, agora as parcelas ficaram mais elásticas e podem ser diluídas em até oito vezes. “Esperamos crescer até 6% neste Natal, o que ainda é um percentual menor que a inflação, mas para ser comemorado na atual conjuntura da economia”, afirma Assunção.

Há mais de 30 anos com loja na Avenida Paraná, no Centro da capital, Jaqueline Bacha diz que confia em uma alta nas vendas de 5% para o Natal. Com o objetivo de atingir essa meta, ela renovou seus estoques com um leque maior de opções de menor valor. Especializada em vestuário masculino, infantil e feminino, ela acredita que a grande arma para convencer o consumidor a presentear neste Natal é o preço.


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