A maior atração do último dia da Campus Party MG fez multiplicar as camisas pretas de bandas de rock pesado entre o público de estudantes, investidores, desenvolvedores de tecnologia e cientistas de várias áreas presentes na Feira Internacional de Negócios, Inovação e Tecnologia (Finit), ontem, no Expominas, em Belo Horizonte. O motivo para atrair os metaleiros foi a palestra da estrela do rock Bruce Dickinson, cantor líder da banda britânica Iron Maiden. Mas o inglês não veio à capital mineira para correr pelo palco entre as chamas pirotécnicas, como fez das últimas três vezes em que esteve na cidade. Desta vez, trouxe as experiências de sucesso de sua trajetória como empreendedor para inspirar o público no último dia de atrações e palestras da feira, iniciada na última quarta-feira e que reuniu cerca de 10 mil pessoas por dia, 4 mil delas acampadas.
Segundo o porta-voz da Campus Party, Tonico Novaes, o evento recebeu uma aceitação tão boa que uma nova edição será realizada em 2017, em Belo Horizonte, no início de setembro. “Tivemos inscrições acima do esperado, palcos e oficinas lotados, vagas totalmente esgotadas nas atividades. Foi superpositivo, por isso fico muito feliz pelo resultado. Encontramos aqui pessoas engajadas, interessadas nas mudanças e no que está por vir. Para se ter uma ideia, passamos o jogo do Brasil contra a Argentina num telão e quase ninguém quis assistir”, afirma.
Realizada pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes), a feira procurou encurtar as distâncias entre startups, empreendedores, investidores, grandes empresas em eventos expositórios, rodadas de negociação e aproximando o convívio pelos corredores do centro de convenções. Já a Campus Party cumpriu a parte de instigar quem ainda dá os primeiros passos na área tecnológica com representantes de negócios já em andamento ou solidificados, incitando a procura de um pelo outro e incentivando fornecedores e prestadores de serviços complementares a forjarem objetivos maiores.
TRAJETÓRIA Mas tudo isso praticamente parou quando Bruce Dickinson subiu ao palco principal sob o som das guitarras pesadas do Iron Maiden. A arena foi cercada por fãs, que logo tomaram também as ilhas, lounges e escalaram até as armações metálicas da iluminação para conseguir ver melhor o ídolo roqueiro. Dickinson entrou de trajes sociais e em pouco lembrou suas performances de palco.
O tom de sua palestra é mostrar pela sua trajetória como transformar consumidores em fãs. “O consumidor tende a ser visto como algo ruim. Assim como uma marca. Algo que não tem um propósito ou paixão que não o ganho. O fã é alguém apaixonado. Se entro num shopping, sou um consumidor. Mas se vou até lá com a minha mulher, sou um fã dela. E se não for, ela vai preferir outra marca que não seja a minha, da qual ela não é mais fã”, comparou.
Instinto para empreender
Entre as experiências de sucesso, Bruce Dickinson contou como entrou no mundo da aviação e encontrou espaço para ter sucesso. Isso quando as grandes empresas aéreas estavam perdendo dinheiro por voar pouco no inverno e muito no verão, a ponto de faltarem aviões. “Nossa solução foi adquirir uma garagem de conserto de aeronaves. Compramos aviões que seriam aposentados e colocamos essas máquinas para voar no verão europeu. No inverno, quando seriam pouco utilizadas, ficariam paradas sem nos dar prejuízos”, disse.
Essa experiência o inspirou a fazer a primeira turnê mundial da banda Iron Maiden, algo jamais feito antes por problemas logísticos. “Estudamos as datas em que poderíamos usar os aviões das empresas na baixa temporada, por preços baixíssimos, e fomos montando nosso calendário”, conta. O próximo passo foi ter o próprio avião da banda. “Ter essa aeronave chama a atenção, nos tornou atrações onde quer que a gente pousava”, disse. Dickinson discorreu ainda sobre outras atividades, como a criação de marcas de cerveja, de relógios e o lançamento do game da banda.
Dickinson foi corajoso ao se arriscar em temas que muitos palestrantes evitariam para não ser mal interpretados pela audiência. Disse que a criatividade funciona como a picada de um mosquito. “Quem nunca foi picado por um mosquito aqui? Vamos lá, nós estamos no Brasil. Sei que muita gente pode pensar em zika, mas quero falar do mosquito da criatividade, que o pica quando você está aberto para o que acontece ao seu redor.”
Mais informações no em.com.br/finit
Segundo o porta-voz da Campus Party, Tonico Novaes, o evento recebeu uma aceitação tão boa que uma nova edição será realizada em 2017, em Belo Horizonte, no início de setembro. “Tivemos inscrições acima do esperado, palcos e oficinas lotados, vagas totalmente esgotadas nas atividades. Foi superpositivo, por isso fico muito feliz pelo resultado. Encontramos aqui pessoas engajadas, interessadas nas mudanças e no que está por vir. Para se ter uma ideia, passamos o jogo do Brasil contra a Argentina num telão e quase ninguém quis assistir”, afirma.
Realizada pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes), a feira procurou encurtar as distâncias entre startups, empreendedores, investidores, grandes empresas em eventos expositórios, rodadas de negociação e aproximando o convívio pelos corredores do centro de convenções. Já a Campus Party cumpriu a parte de instigar quem ainda dá os primeiros passos na área tecnológica com representantes de negócios já em andamento ou solidificados, incitando a procura de um pelo outro e incentivando fornecedores e prestadores de serviços complementares a forjarem objetivos maiores.
TRAJETÓRIA Mas tudo isso praticamente parou quando Bruce Dickinson subiu ao palco principal sob o som das guitarras pesadas do Iron Maiden. A arena foi cercada por fãs, que logo tomaram também as ilhas, lounges e escalaram até as armações metálicas da iluminação para conseguir ver melhor o ídolo roqueiro. Dickinson entrou de trajes sociais e em pouco lembrou suas performances de palco.
O tom de sua palestra é mostrar pela sua trajetória como transformar consumidores em fãs. “O consumidor tende a ser visto como algo ruim. Assim como uma marca. Algo que não tem um propósito ou paixão que não o ganho. O fã é alguém apaixonado. Se entro num shopping, sou um consumidor. Mas se vou até lá com a minha mulher, sou um fã dela. E se não for, ela vai preferir outra marca que não seja a minha, da qual ela não é mais fã”, comparou.
Instinto para empreender
Entre as experiências de sucesso, Bruce Dickinson contou como entrou no mundo da aviação e encontrou espaço para ter sucesso. Isso quando as grandes empresas aéreas estavam perdendo dinheiro por voar pouco no inverno e muito no verão, a ponto de faltarem aviões. “Nossa solução foi adquirir uma garagem de conserto de aeronaves. Compramos aviões que seriam aposentados e colocamos essas máquinas para voar no verão europeu. No inverno, quando seriam pouco utilizadas, ficariam paradas sem nos dar prejuízos”, disse.
Essa experiência o inspirou a fazer a primeira turnê mundial da banda Iron Maiden, algo jamais feito antes por problemas logísticos. “Estudamos as datas em que poderíamos usar os aviões das empresas na baixa temporada, por preços baixíssimos, e fomos montando nosso calendário”, conta. O próximo passo foi ter o próprio avião da banda. “Ter essa aeronave chama a atenção, nos tornou atrações onde quer que a gente pousava”, disse. Dickinson discorreu ainda sobre outras atividades, como a criação de marcas de cerveja, de relógios e o lançamento do game da banda.
Dickinson foi corajoso ao se arriscar em temas que muitos palestrantes evitariam para não ser mal interpretados pela audiência. Disse que a criatividade funciona como a picada de um mosquito. “Quem nunca foi picado por um mosquito aqui? Vamos lá, nós estamos no Brasil. Sei que muita gente pode pensar em zika, mas quero falar do mosquito da criatividade, que o pica quando você está aberto para o que acontece ao seu redor.”
Mais informações no em.com.br/finit