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Estado de Minas

Feira em BH mostra resultados práticos para inovação e tecnologia

Durante quatro dias de Finit, empreendedores, investidores e estudantes conheceram oportunidades e interagiram com as novidades tecnológicas


postado em 14/11/2016 06:00 / atualizado em 14/11/2016 08:06

Evento realizado no Expominas, em BH, abrigou a Campus Party e foi considerado um marco para o mercado nacional. Sucesso pode garantir nova edição no ano que vem(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
Evento realizado no Expominas, em BH, abrigou a Campus Party e foi considerado um marco para o mercado nacional. Sucesso pode garantir nova edição no ano que vem (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)

Nas rodadas de negócios e exposições, mercados tradicionais encontraram formas inovadoras de aparecerem e serem gerenciados, muitas vezes por startups. Investidores e desenvolvedores de projetos promissores fundiram parcerias para alavancar iniciativas conjuntas. Entre o acampamento de participantes, chamados campuseiros, e os palcos de palestras e oficinas, estudantes e iniciantes na área da tecnologia abriram horizonte para novas áreas de interesse e muita gente já saiu de emprego ou estágio garantido.

Ontem, dia de desmontagem de estandes e de saldo das atividades, o que se ouviu tanto nos espaços de empreendedorismo quanto nas áreas de aprendizado e acampamentos para mil pessoas da Campus Party, foi que os quatro dias da Feira Internacional de Negócios, Inovação e Tecnologia (Finit), no Expominas, se tornaram um marco para o mercado nacional.

Organizada pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes), a feira ocorreu entre a última quarta-feira e sábado, deixando o dia de ontem para que as pessoas se sentissem mais a vontade para conversas informais enquanto os estandes eram desmontados. Segundo a organização, a Finit é um dos maiores eventos de tecnologia e inovação do mundo e a previsão era de trânsito de 10 mil pessoas por dia. Dentro dessa estrutura ocorreu a primeira Campus Party mineira com atividades 24 horas por dia, reunindo 4 mil campuseiros e contando com acampamento para 700 barracas.

“Estamos muito felizes com esta primeira Campus Party em Minas Gerais e já estamos programando a segunda para setembro de 2017. A participação foi maciça em todos os palcos, workshops e hackathons, o que só confirmou o potencial empreendedor, de tecnologia e inovação do estado. Podemos considerar o evento um sucesso absoluto”, disse o diretor-geral do evento, Tonico Novaes.

Startups


A junção de atividades antes ligadas apenas a mercados tradicionais e formas convencionais de atuação com a velocidade e o alcance das novas tecnologias foi um dos destaques das rodadas de negociação ocorridas no espaço do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) de Minas Gerais, segundo o gerente de acesso a inovação e sustentabilidade do serviço, Anízio Vianna. “Para nós foi superimportante. Tivemos aqui várias discussões. Tivemos o Bio Startup Lab, que congregou a biotecnologia ao mundo das startups, sem que sejam projetos muito presos a bancadas e à parte científica. Desenvolvemos projetos onde você leva para o mundo da biotecnologia esse movimento das startups, que nada mais é do que ferramentas mais ágeis de gestão e de inovação”, disse.

Estudos feitos pelo Sebrae para levar inovação e gestão a 117 empresas encubadas em Minas Gerais também encontraram oportunidades de investimentos por parte de empreendedores interessados. “Vimos que os investidores já começam a conversar com essas empresas, a fazer parcerias e a gerar mais negócios ainda. Para o Sebrae, o mais importante é a gente ter negócios de base tecnológica. Nosso estado precisa ter uma nova base econômica e acho que as startups representam uma nova possibilidade”, considerou Vianna.

Na área de tecnologia da informação (TI) há mais de 20 anos, o coordenador técnico do Colégio Cotemig, Leonardo Souza, afirma nunca ter visto uma feira dessa envergadura e com tantas possibilidades de interação entre os setores. A instituição foi convidada para levar a sua Tecnofeira para o espaço e o saldo foi positivo. “Nossos alunos tiveram a oportunidade de conversar diretamente com empresários, com investidores e mostrar o que eles sabem fazer de verdade. Além de mostrar os projetos que eles construíram, puderam mostrar todo o potencial técnico que têm”, disse. “Esse evento mostrou também como Minas Gerais está despontando na área da tecnologia e da inovação.”


Porta aberta para novos caminhos

O estudante de robótica Thayrone Marques descobriu na Campus Party a possibilidade de uma nova área de atuação profissional(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
O estudante de robótica Thayrone Marques descobriu na Campus Party a possibilidade de uma nova área de atuação profissional (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)

Enquanto parcerias e negócios promissores foram formados, projetos pessoais e mão de obra em formação também encontraram espaço para benefício mútuo. O estudante de engenharia elétrica do Cefet-MG Ícaro Moura do Altíssimo, de 20 anos, por exemplo, conseguiu um estágio logo no primeiro dia da Campus Party. “Conversei com o representante de uma tecnologia nova de biometria. Com uma hora de conversa sobre o projeto, acabou que ele viu meu interesse e começou a fazer perguntas sobre mim. Fiquei sem saber o que ele queria e no final ele disse que gostou das minhas perguntas e se eu estaria interessado num estágio. Começo a fazer o estágio no próximo semestre”, comemora.

O estudante mora em Belo Horizonte, mas como mil outros participantes fez questão de passar os quatro dias acampado para não perder as 24 horas de evento. “Desde os 12 anos tinha o sonho de ir a uma Campus Party e estava me organizando para ir no ano que vem. Moro aqui pertinho, na Avenida Amazonas. Quando foi anunciado que o evento seria ao lado da minha casa, falei que não poderia perder a oportunidade”, disse.

Na oficina de robótica, em que teve a oportunidade de montar um robô, o estudante de sistemas de informação da Faculdade Pereira de Freitas, de Ipatinga, Thayrone Marques, de 22 anos descobriu uma nova paixão e a possibilidade de uma nova área de atuação. “Isso abriu a minha mente para áreas relacionadas, porém novas e isso dá um grande ânimo a mais, um gás a mais. É algo que coloco na caderneta de projetos. Agora, vamos estudar relações, possibilidades e até mesmo para o crescimento da nossa região”, afirma Thayrone. (MP)


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