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Estado de Minas

Iogurte e embutidos recuperam espaço no carrinho de compras do brasileiro

Recuperação do poder de compra, no entanto, só deve ocorrer com a retomada do emprego.


postado em 15/11/2016 06:00 / atualizado em 15/11/2016 08:28

Derivados do leite dão sinal de algum alívio nos supermercados.(foto: Beto Novaes/EM/D.A PRESS )
Derivados do leite dão sinal de algum alívio nos supermercados. (foto: Beto Novaes/EM/D.A PRESS )
Rio de Janeiro – O brasileiro começa a encher um pouco mais o carrinho, a despeito da ginástica para fazer as compras do mês caberem no bolso em tempos de arrocho no orçamento. Nos 12 meses terminados em agosto, a cesta de consumo de alimentos, bebidas, produtos de limpeza e higiene e beleza industrializados engordou 0,7% em valor, ante idêntico período de 2015. Quando só os alimentos são considerados na análise, o aumento alcança 5,6%, já descontada a inflação, ou seja, trata-se de crescimento real, segundo dados da consultoria Kantar Worldpanel.

Produtos que foram classificados como ícones dos anos de ganho de renda do brasileiro, como os iogurtes, estão entre aqueles que recuperaram espaço na lista de compras. Estão também mais presentes artigos como embutidos, alternativa a proteínas mais caras, e o açúcar, sinal de que se está cozinhando mais em casa. Os onipresentes pães e massas, cujo consumo encolheu em 2015, registram crescimento, da mesma forma. A queda da inflação em setembro, puxada principalmente pelo recuo dos preços dos alimentos, contribuiu para isso. A recuperação do poder de compra, no entanto, só deve ocorrer com a retomada do emprego.

“Em 2015, tivemos uma situação bem negativa, com quase todas as categorias de alimentos registrando perdas. Neste ano, vemos recuperação em grande parte das categorias ou, ao menos, perdas menos intensas. Há tendência de recuperação”, explica Maria Ferreira, diretora de Marketing da Kantar. “Não voltamos aos patamares pré-crise, mas estamos deixando de perder e tendo aumentos”.

O impulso, diz Maria, vem também do fato de os alimentos serem produtos de primeira necessidade, portanto, de reação rápida ao primeiro sinal de melhora na confiança ou de queda de preços. Para André Braz, economista do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas (FGV), a recuperação virá à medida que a atividade econômica voltar a crescer.

“O desemprego ainda é muito alto, reflexo de uma atividade econômica fraca. Ainda não há indicador que diga que a renda das famílias melhorou, e isso tira a capacidade de pagar contas. Só com mais emprego haverá a possibilidade de consumir mais. A maioria dos brasileiros continua optando pelo que cabe no orçamento”, avalia Braz. A renda média do trabalhador caiu de R$ 2.070 em setembro de 2013, para R$ 2.015 em setembro deste ano, segundo o IBGE. Já a inflação, considerando-se a análise no período de 12 meses terminado em setembro, evoluiu de 5,86% em 2013 para 9,49% em 2015. Neste ano, perdeu fôlego e fechou em 8,48%.

Devedores do Simples
A Receita Federal publicou ontem a Instrução Normativa 1.670, que estabelece procedimentos preliminares para o parcelamento do Simples Nacional. Contribuintes com débitos até a competência de maio de 2016 e que foram notificados para a exclusão do regime em setembro deste ano poderão manifestar previamente a opção pelo parcelamento da dívida tributária. Notificações para 584.677 contribuintes devedores do Simples Nacional foram enviadas pela Receita. Eles respondem por dívidas de R$ 21,3 bilhões e poderão regularizar a sua situação. O período para fazer a opção prévia vai até 11 de dezembro. A opção prévia evita a exclusão do contribuinte do Simples Nacional, mas não elimina a necessidade de que ele efetue o pedido definitivo de parcelamento a partir de 12 de dezembro. A solicitação definitiva é necessária para a consolidação dos débitos e o pagamento da primeira parcela, conforme regulamentação a ser editada pelo Comitê Gestor do Simples Nacional.

 


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