Rio, 18 - O País tinha 31.223 empresas de alto crescimento em 2014, uma redução de 6,4% em relação ao total existente no ano anterior. Os dados são das Estatísticas de Empreendedorismo, divulgadas nesta sexta-feira, 18, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A pesquisa considera como empresas de alto crescimento aquelas que aumentaram em pelo menos 20% ao ano o número de empregados por um período de três anos consecutivos, e tinham 10 ou mais pessoas ocupadas assalariadas no ano inicial de observação.
Essas empresas empreendedoras ocupavam cerca de 4,4 milhões de pessoas assalariadas e pagavam R$ 103,2 bilhões em salários e outras remunerações. Pelo segundo ano consecutivo, houve redução tanto no número de empresas quanto no pessoal ocupado assalariado (-10,4%) e nos salários e outras remunerações em valores nominais (-4,0%).
O quadro, entretanto, foi de deterioração ainda mais aguda do que em 2013, quando o recuo no total de empresas tinha sido de 5,2%; a queda no pessoal ocupado atingiu 5,8%; e os salários encolheram 1,1%.
Em 2014, as empresas de alto crescimento representavam apenas 1,3% do total de empresas ativas com ao menos uma pessoa ocupada assalariada no País, mas respondiam por quase a metade dos empregos gerados (46,7%). Entre 2011 e 2014, as empresas de alto crescimento apresentaram um avanço de 175,0% no pessoal ocupado, passando de 1,6 milhão de pessoas em 2011 para 4,4 milhões em 2014 - um incremento de 2,8 milhões de postos de trabalho.
O setor de construção foi o que apresentou a maior proporção de empresas de alto crescimento no total de empresas ativas com 10 ou mais pessoas assalariadas, 9,6%, embora em termos absolutos o maior número de empresas de alto crescimento esteja nos serviços (9.931).
As empresas de alto crescimento geraram R$ 241,4 bilhões de valor adicionado bruto, 12,8% do total de R$ 1,8 trilhão gerado pelas empresas ativas com 10 ou mais assalariados. O valor adicionado médio das empresas empreendedoras foi de R$ 8,2 milhões, desempenho superior ao registrado pelas empresas com 10 ou mais pessoas ocupadas assalariadas (R$ 4,4 milhões).