O Estado de Minas decidiu pesquisar a fundo a Black Friday em Belo Horizonte para descobrir se a data importada dos Estados Unidos é realmente fraudulenta por aqui, e digna do apelido "Black Fraude". De fato, alguns estabelecimentos se aproveitam da fama do evento varejista para tentar empurrar produtos com descontos pequenos, que a loja ofereceria em dias comuns, por exemplo, ou até descontos que nunca existiram. Porém, o consumidor conta com uma boa notícia este ano: a crise no país e a queda nas vendas para o comércio parecem ter reduzido o número de fraudes e aumentado os descontos reais.
"Na realidade, o que acontece é que a maior parte dos lojistas estão com problemas de vendas. De repente, esta é uma oportunidade para alavancar um pouco mais as vendas e melhorar os números, por isso os descontos (deste ano) podem estar mais vantajosos", explica o consultor financeiro do Mercantil do Brasil, Carlos Eduardo Costa. "O lojista vai tentar atingir o cliente que está com menos dinheiro, mais preocupado com o futuro. E este estímulo para a compra pode ser o preço atrativo", afirma.
O consultor lembra, no entanto, que para evitar armadilhas e possíveis arrependimentos é preciso evitar as compras por impulso e lembrar que esta não vai ser a última oportunidade para adquirir um produto. Comparar o preço com outras lojas para saber se o desconto é real também é uma dica importante que deve ser observada, segundo o especialista.
A reportagem separou 20 itens vendidos em Belo Horizonte de até R$ 100, o valor do tíquete médio que o belo-horizontino pretende gastar em compras neste Natal, segundo a Fecomércio MG.