Brasília, 28 - A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) subiu para 44,2% do Produto Interno Bruto (PIB) em outubro ante 44,1% de setembro. Em dezembro de 2015, estava em 36,2% do PIB. A dívida do Governo Central, governos regionais e empresas estatais terminou o mês passado em R$ 2,722 trilhões. As informações, divulgadas nesta segunda-feira, 28, são do Banco Central. A instituição previa que a relação da DLSP com o PIB chegaria a 45,4% em outubro.
Já a dívida bruta do governo geral encerrou o mês passado em R$ 4,330 trilhões, o que representou 70,3% do PIB. Em setembro, essa relação estava em 70,7% e a previsão do BC para o resultado do mês passado era de uma taxa de 71,3 %. No melhor momento da série história, em dezembro de 2013, a dívida bruta chegou a 51,69% do PIB.
A dívida bruta do governo é uma das principais referências para avaliação, por parte das agências globais de rating, da capacidade de solvência do País. Atualmente, um dos focos das agências é o andamento das reformas fiscais.
De acordo com o BC, a elevação na relação de dívida líquida/PIB em outubro foi decorrente da incorporação de juros (aumento de 5,4 p.p.), da valorização cambial de 18,5% (aumento de 3,6 p.p.), do déficit primário (aumento de 0,7 p.p.), do crescimento do PIB nominal (redução de 1,5 p.p.) e do ajuste de paridade da cesta de moedas da dívida externa líquida (redução de 0,2 p.p.).
As projeções do Banco Central para o comportamento da dívida em 2016 foram atualizadas em setembro. Pelos parâmetros de mercado e da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), a dívida líquida deve atingir 46,2% do PIB no fim do ano; a dívida bruta, 73% do PIB; os gastos com juros, 6,42% do PIB; e o déficit nominal, 9,05% do PIB.