São Paulo, 02 - O custo das operadoras de planos de saúde com atendimentos médicos aumentou 19% nos 12 meses encerrados em março deste ano, de acordo com os dados mais recentes disponíveis e divulgados pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).
Essa é a maior variação já registrada em um primeiro trimestre em toda a série histórica, iniciada em 2007. Altas da ordem de 19% já haviam sido registradas em novembro e dezembro de 2015.
O indicador, chamado de Índice de Variação dos Custos Médico-Hospitalares (VCMH), tem sua composição impactada sobretudo pelo custo das internações. Exames, consultas, terapias e outros serviços ambulatoriais também compõem os custos. A variação é apurada a partir das faturas pagas por uma amostra de operadoras de planos de saúde individuais e computa o custo de cada evento e a frequência de utilização.
Uma das explicações para a alta de custos tem relação com o ambiente de crise econômica. Em nota, o IESS considera que a frequência de utilização dos serviços de saúde pode ter se elevado diante do temor do desemprego. A realização de exames e consultas acaba sendo antecipada quando os beneficiários temem perder o acesso aos planos de saúde.
Apesar disso, a pesquisa considera que este não seja o principal impulsionador dos custos. Incorporação de novas tecnologias, envelhecimento da população e o atual modelo de pagamento a clínicas e hospitais são citados como fatores que explicam o crescimento dos gastos.