Londres, 11 - O volume de negócios com derivativos cambiais e de balcão no Brasil subiu para uma média diária de US$ 20 bilhões neste ano, de acordo com dados divulgados hoje pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês) em seu documento trienal sobre mercados. Em 2013, esse volume era de US$ 17 bilhões e, em 2010, de US$ 14 bilhões, superando também a média diária de US$ 6 bilhões verificada três anos antes. No primeiro dado disponível do BIS, de 1995, não constavam operações regulares deste tipo no País.
Somando todos os mercados analisados pelo BIS, o volume médio negociado todos os dias por meio dessas operações em 2016 foi de US$ 6,546 trilhões. Apesar de o Brasil ter crescido neste mercado ao longo dos anos, no mundo as negociações deste tipo foram reduzidas em relação a três anos atrás, quando somaram US$ 6,684 trilhões. No primeiro levantamento feito pelo BIS (1995), o total era de US$ 1,633 trilhão.
Os contratos de derivativos fizeram parte da raiz dos problemas da crise financeira de 2008 e, entre as medidas coordenadas internacionalmente após a quebra do banco Lehman Brothers, estava a sua maior fiscalização. Dentro do possível, os reguladores queriam ver a redução dos volumes de operações que não podem ser lastreadas em instâncias como as centrais de liquidação e compensação.
A maior média diária de negociações de derivativos cambiais de balcão no mundo em 2016 ficou com o Reino Unido, com um total de US$ 2,426 trilhões. Nos Estados Unidos, o volume ficou em US$ 1,272 trilhão. Ou seja, a soma dessas duas maiores praças de negociação, de US$ 3,698, corresponde a mais de metade do que girou por dia no mundo.