Pais que mantém os filhos nas escolas particulares terão que preparar o bolso para pagar mensalidades em média 11,89% mais caras para o ensino fundamental e 9,06% para o ensino médio a partir do ano que vem. É o que mostra levantamento feito pelo Procon da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) em 44 escolas de Belo Horizonte.
A pesquisa divulgada nesta sexta-feira foi realizada no dia 14, e mostra que os índices de reajuste estão acima da inflação, que girou em torno de 6,5% em 2016, segundo dados do Banco Central.
De acordo com o levantamento, as escolas da região Noroeste da capital foram as que apresentaram os maiores índices de reajuste: o aumento chegou a 30,88% no ensino fundamental e 27,01% no ensino médio.
A maior diferença no ensino fundamental foi verificada no colégio Dona Clara, localizada no bairro de mesmo nome. No comparativo entre 2016 e 2017, o reajuste chegou a 42,83%. Já o Colégio Claretiano Dom Cabral, no Centro, aumentou as mensalidades em 1,6%.
No ensino médio, o maior reajuste foi adotado na unidade do Coleguium localizada no bairro Alípio de Melo, região Noroeste da capital. O menor foi também no Colégio Claretiano Dom Cabral, com 1,52%.
A diferença de preços entre as escolas para uma mesma série varia até 195%, o que ocorre no primeiro ano do ensino fundamental do colégio Helena Bicalho, no São João Batista, e do Centro de Estudos Edna Roriz, no Belvedere, que cobrarão mensalidades de R$ 581 e R$ 1.717,71, respectivamente.
O reajuste das mensalidades escolares não é regulado em lei e não existe uma tabela que fixe os preços. Dessa forma, cada instituição é livre para estabelecer o índice de aumento.
No entanto, segundo o Procon Assembleia, é obrigação das escolas demonstrar e explicar aos responsáveis pelo pagamento os motivos do reajuste – caso seja solicitado.