Reflexo do freio imposto à economia brasileira, os shopping centers gastaram menos, neste ano, com as campanhas para incentivar as vendas motivadas pelo Natal e o Ano-novo, encerrando 2016 com um recorde às avessas nos departamentos de marketing. Diminuiu de 93% em 2015 para 88%, agora, o universo de centros de compras que bancaram promoções na principal data de faturamento do comércio. As taxas são resultado de pesquisa feita junto a 192 shoppings no Brasil pelo Instituto de Inteligência do GS Group, especializado em ações de gestão e relacionamento com clientes destinadas ao varejo.
O diretor de Inteligência do GS Group, Fernando Gibotti, afirma, por meio de nota, que os cortes estão relacionados à estratégias de marketing comuns. “Por medo de arriscar e empreender, as campanhas tradicionais se repetem e exigem altos investimentos com promotoras e publicidade. Embora estejamos no século 21, as mecânicas promocionais são as mesmas desde a década de 90”.
Em Minas Gerais, o índice de centros de compras que vetou as campanhas de Natal foi superior à média nacional: 17% desistiram das promoções. No grupo dos 83% que mantiveram as estratégias, sorteios e as ações de 'compre-troque' aumentaram em 14 pontos percentuais neste ano. Para as campanhas de sorteio, houve avanço de 5 pontos percentuais, frente a 2015, nas faixas de troca acima de R$ 300. Caiu também o uso do carro como prêmio para seus consumidores, totalizando 60% de shoppings que ofereceram o produto como premiação em 2016, frente a 75% no ano passado. Na campanha compre-troque, o tíquete médio acima de R$ 500 se manteve em 67% dos shoppings, entre 2015 e 2016. Chocolates são os brindes mais oferecidos nessa modalidade.