Rio de Janeiro – O Índice de Confiança do Comércio (Icom), pesquisado pela Fundação Getulio Vargas, subiu 0,7 ponto em dezembro ante novembro, para 79 pontos. A melhora muito modesta do cenário traçado pelo setor está longe de reverter os efeitos da fuga dos clientes, embora no mês anterior o indicador tenha caído 3,6 pontos. O resultado positivo neste mês ficou concentrado em cinco dos 13 segmentos pesquisados e foi determinado sobretudo pela melhora das expectativas das empresas.
O recuo no mês do ICST se deve principalmente ao aumento do pessimismo em relação aos próximos meses. O Índice de Expectativas (IE-CST) caiu 1,5 ponto, para 80 pontos. Dentro do indicador, o quesito perspectivas para a demanda nos próximos três meses, que teve retração de 2,4 pontos, foi o que mais contribuiu para a queda em dezembro.
“A persistência de um nível de atividade ainda fraco e um ambiente com incertezas influencia as percepções dos empresários, fazendo com que predomine uma visão pessimista quanto à possibilidade de estancamento da crise no curto prazo”, observou Itaiguara Bezerra, coordenador da Sondagem da Construção da FGV/IBRE.
INVESTIMENTO FRACO A FGV ainda aponta que a Sondagem de Investimentos do Ibre referente ao quarto trimestre deste ano confirma o ambiente de incerteza no país. Segundo a pesquisa, a proporção de empresas que declarou ser incerta a execução de planos de investimentos para os próximos 12 meses cresceu em relação ao mesmo período do ano anterior.
A edição deste mês do levantamento coletou informações de 700 empresas entre os dias 1º e 20. A incerteza no setor da construção é a mais alta entre os setores produtivos, com 60,9% de avaliações.