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Estado de Minas

Nippon quer troca na Usiminas


postado em 18/01/2017 00:12

São Paulo – O grupo japonês Nippon Steel, principal acionista da siderúrgica Usiminas, ao lado do conglomerado ítalo-argentino Ternium/Techint, quer que seja implementada regra de alternância de poder com sua sócia na empresa mineira. A proposta seria de que uma das companhias indicasse o presidente-executivo, ao passo que a outra fosse responsável pela nomeação do presidente do conselho de administração. Depois de determinado prazo, a ser estabelecido, a Nippon e a Ternium, que vivem um conflito judicial desde o fim de 2014, fariam suas indicações de forma alternada.

“Acreditamos que a principal desavença com a Ternium é sobre a falta de consenso na escolha desses dois cargos”, disse o presidente da Nippon Steel no Brasil, Hironobu Nose, em entrevista, ontem, a jornalistas. O acordo de acionistas firmado entre as duas companhias prevê consenso na escolha do presidente-executivo e do presidente do colegiado.

O executivo disse que acredita que essa será a melhor fórmula para que os controladores da Usiminas cheguem, finalmente, a entendimento. Para isso, a Nippon abriria mão, por exemplo, de fazer a primeira indicação para a presidência e aceitaria Sergio Leite, vice-presidente Comercial da Usiminas, no posto. Nesse sentido, o atual presidente, Rômel de Souza, seria designado para a presidência do Conselho de Administração da empresa. “Acreditamos que Rômel seria o principal nome, mas faríamos essa concessão”, disse Hironobu Nose.

Segundo o executivo, ainda não houve reunião formal entre as empresas, mas a Ternium já teria recusado essa proposta. “Temos uma joint venture igualitária na Usiminas”, frisou o executivo. Nose afirmou que seguirá buscando negociar com a Ternium e que há conversas para que as empresas marquem uma reunião formal.

Tendo em vista o fato de a administração da siderúrgica ser feita de forma conjunta, Nose afirmou que não vê problema em mudança na administração da Usiminas de forma periódica, em razão da fragilidade financeira que a empresa vem apresentando. Para ele, os cargos definidos na companhia seguiriam o princípio de melhor interesse para a Usiminas.

A Ternium havia proposto, no fim do ano passado, mudança no acordo de acionistas da Usiminas com a inclusão de uma cláusula de saída, ou seja, em caso de desavença a empresa que pagasse mais pela fatia do outro sócio faria a aquisição. Nose classificou essa proposta uma “roleta russa”, em prejuízo da siderúrgica.

Caso essa cláusula fosse ativada, de acordo com Nose, a companhia compradora pagaria mais pelas ações do que seu valor de mercado, fazendo com que decisões de curto prazo na Usiminas fossem tomadas para recuperar o valor investido. “Isso poderia levar a um elevado sacrifício para a empresa”, disse.


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