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Estado de Minas

Nippon sinaliza acordo com sócia na Usiminas


postado em 18/01/2017 09:07

São Paulo, 18 - O grupo japonês Nippon Steel, sócio controlador da Usiminas, disse na terça-feira, 17, que aceitaria reconduzir à presidência o executivo Sérgio Leite, nome indicado pela Ternium, também sócia da siderúrgica mineira, desde que o grupo ítalo-argentino aceite implementar a regra de alternância de poder na companhia.

Em entrevista concedida na terça-feira, 17, o presidente da Nippon no Brasil, Hironobu Nose, afirmou que essa seria a melhor fórmula para que os controladores cheguem, finalmente, a um acordo.

Para isso, a Nippon abriria mão de fazer a primeira indicação para a presidência e aceitaria Leite, vice-presidente comercial da Usiminas, no posto. Com isso, o atual presidente, Rômel de Souza, ficaria à frente do conselho de administração. "Acreditamos que Rômel seria o principal nome

(para a presidência executiva)

, mas faríamos essa concessão", disse. Leite foi eleito no ano passado presidente da companhia, mas saiu por decisão da Justiça, que foi favorável à Nippon à época.

Os dois sócios estão envolvidos em uma disputa societária desde setembro de 2014 e não chegaram a um acordo até o momento. Pelo acordo de acionistas, as decisões na companhia têm de ocorrer por consenso.

Segundo Nose, ainda não houve reunião formal entre as empresas, mas ocorrerá em breve. Nose não vê problema na mudança de gestão na Usiminas, tendo em vista a fragilidade financeira d a empresa. O executivo não é a favor da cisão do negócio e tentará manter a sociedade.

'Roleta russa'.

Também em 2016, a Ternium chegou a propor mudança no acordo de acionistas da Usiminas, com a inclusão de uma cláusula de saída para um dos sócios, conforme antecipou o Estado.

A Nippon aceita discutir uma eventual cláusula de saída na Usiminas, mas descarta a possibilidade desse instrumento ser a chamada "roleta russa". Ou seja: a empresa que oferecer a melhor oferta pela fatia do outro acionista fica com a Usiminas. Procurada, a Ternium não comentou o assunto. As informações são do jornal

O Estado de S. Paulo.


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