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Estado de Minas

Prepare o bolso, ovos de Páscoa estão mais caros

Apesar de o reajuste, se comparado com 2016, não estar tão "salgado", em média 3,4%, supermercados não estão apostando em bons resultados. Ao contrário, a expectativa é de uma redução nominal de 4,9%


postado em 02/03/2017 22:45 / atualizado em 02/03/2017 22:59

(foto: Arquivo/EM/D.A Press)
(foto: Arquivo/EM/D.A Press)

São Paulo - Os preços dos ovos de Páscoa estão, em média, 3,4% mais caros este ano, na comparação com 2016, de acordo com pesquisa divulgada nesta quinta-feira, 2, pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

No grupo de chocolates, subiram ainda em relação à Páscoa do ano passado bombons em caixa (400 gramas), a maior alta, de 4,4%; chocolates em geral (barra e tabletes), 4,1%; bombons bola, 3,7%; ovos de Páscoa até 150 gramas, 3,7%; ovos de Páscoa de mais de 150 gramas até 500 gramas, 2,8%; e ovos de Páscoa acima de 500 gramas, 2%.

O bacalhau foi o item que apresentou menor variação (1,5%), seguido dos importados em geral que registraram 2,2%, favorecidos pelo câmbio, colomba pascal (2,5%), peixes em geral (2,6%), refrigerante (3,1%), vinho importado (3,2%), azeite (3,2%), vinho nacional (3,3%) e cerveja (3,7%).

Vendas


Uma das datas mais importantes para o setor supermercadista, a Páscoa este ano não deve apresentar bons resultados de vendas. Segundo a Abras, 39,4% dos empresários acreditam que os resultados de 2017 serão inferiores aos apresentados no ano anterior.

O levantamento aponta que apenas 12,1% dos empresários estão otimistas em relação à data, e projetam números superiores aos registrados em 2016. Para 48,5% dos supermercadistas, a Páscoa de 2017 deverá registrar vendas no mesmo patamar do ano anterior.

As encomendas dos supermercados apontam para uma redução nominal de 4,9% nas vendas da Páscoa de 2017. Deflacionada pela variação média dos produtos pesquisados, 3,1%, a redução real deverá ser de 7,7%. De acordo com o superintendente da Abras, Marcio Milan, o resultado já era esperado.

"O momento econômico atual, com taxa crescente de desemprego e vendas mais tímidas, está refletindo nas expectativas dos supermercadistas, que estão mais receosos", ressalta o superintendente.

Em relação às encomendas de chocolates, os varejistas preferiram ser mais cautelosos este ano e apostaram nos produtos de menor valor agregado, como as caixas de bombons de 400 gramas (4%), chocolates em geral (barra, tablete), 4% e bombom bola (2,1%). O restante dos produtos registrou queda nas encomendas: ovos de Páscoa em geral (-9,8), ovos de Páscoa acima de 150 gramas até 500 gramas (-9,8%), ovos de Páscoa até 500 gramas (-9,4%) e ovos de Páscoa até 150 gramas (-5,9%).

Em compensação, alguns produtos bem procurados na data tiveram aumento nas encomendas: cerveja (4,5%), azeite (3,4%), refrigerante (1,8%), peixe em geral (1%) e vinho nacional (0,6%). Já alguns itens típicos apresentaram queda nas encomendas em relação a 2016: colomba pascal (-5,2%), importados em geral (-1,5%), vinho importado (-0,3%) e bacalhau (-0,2%). ( Com agência Estado)


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