Depois de caprichar no dever de casa nos últimos três anos, a MRV, empresa mineira que se destaca entre as maiores construtoras da América Latina, se prepara para “colher os frutos”. A afirmação é do presidente-executivo da empresa, Rafael Menin, que nessa terça-feira (7) divulgou o balanço da companhia. Apesar da retração da economia brasileira em 2016, com queda de 3,6% no Produto Interno Bruto (PIB), ele considera que os resultados da empresa foram diferenciados. Haja vista o lucro líquido registrado no ano, de R$ 557 milhões, ou seja, com alta de 1,7% frente aos R$ 548 milhões de 2015.
No ano passado, a MRV vendeu pouco mais de 36 mil unidades. Frente a 2015, houve uma queda de 5,4%. E os preços se mantiveram estáveis. Os bons resultados do balanço, no entanto, segundo Menin, foram justificados pela melhor eficiência dos processos. Ele observa ainda que, apesar do cenário ruim, adquiriram diversos terrenos, que devem alavancar os negócios. Entre as novidades estão os bairros planejados que serão lançados pela construtora nos próximos meses.
No segundo trimestre, por exemplo, está previsto um desses empreendimentos para Betim, com investimentos de R$ 500 milhões para a construção de 4 mil apartamentos. “Serão econômicos, mas com uma nova abordagem: realmente planejados, com creches, posto policial e sistema de monitoramento”, conta. Também estão previstos projetos desse tipo para os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás e Salvador.
“Foram três anos mantendo o tamanho da empresa, apesar da crise. Agora, estamos preparados para um novo ciclo de crescimento”, afirma Menin. No médio prazo, ele acredita que a empresa poderá chegar a construir até 50 mil unidades habitacionais por ano. Para atingir este objetivo, a empresa começou a apostar na Região Norte, com projetos em Palmas, no Tocantins.