Pesquisa divulgada nesta segunda-feira revela que, em Belo Horizonte, o preço médio da refeição completa (prato principal, bebida não alcoólica, sobremesa e café) subiu cerca de 20%, em 2016, passando a custar 29,35, contra R$ 24,52, em 2015.
Os dados são da pesquisa encomendada pela Associação das Empresas de Refeição e Alimentação Convênio para o Trabalhador (Assert), realizada pelo pelo Instituto Datafolha.
Apesar do aumento no ano passado de 20% no preço médio na capital, em relação a 2015, o valor está abaixo da média nacional, que é de R$ 32,94.
Pesa no bolso
Com base no preço médio de R$ 29,35, em Belo Horizonte, um trabalhador, que na data da realização da pesquisa (novembro de 2016), recebia apenas um salário mínimo nacional (R$ 880) e não recebia o benefício do voucher-refeição, desembolsaria 73% de seu salário para se alimentar fora de casa.
Esse cálculo leva em conta a jornada de trabalho, considerando 22 dias úteis, de segunda à sexta-feira.
A pesquisa levou em conta 203 preços coletados em restaurantes, bares, lanchonetes e padarias que servem refeições em pratos e mesa e que aceitam voucher-refeição.
Pesquisa
A Assert realiza esta pesquisa desde 2003. Em 2014, o estudo passou a ser conduzido pelo Instituto Datafolha.
De 11 a 28 de novembro de 2016, o Datafolha visitou 4.574 estabelecimentos comerciais no Brasil que oferecem refeição no prato e em mesa, de segunda à sexta-feira, e aceitam voucher-refeição.
Nesta edição, participaram 51 cidades brasileiras, sendo 23 capitais, nas cinco regiões geográficas do país.
As entrevistas resultaram no levantamento de 5.545 preços, aos quais foi aplicada uma média ponderada considerando os pesos na amostra do município e de cada sistema de refeição: comercial, autosserviço, executivo e à la carte.