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Estado de Minas

Análise de carnes recolhidas não indica risco à saúde, diz ministro da Agricultura

Laudos de 12 entre 174 produtos recolhidos em supermercados não apresentam ameaça ao consumo humano, garante o chefe da Agricultura, Blairo Maggi


postado em 27/03/2017 20:07 / atualizado em 27/03/2017 20:16

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) não identificou nenhum produto que "pudesse fazer mal à saúde". Das 21 plantas frigoríficas sob autoembargo da pasta, os fiscais recolheram 174 amostras produzidas nas unidades em 22 estados.

Os primeiros resultados dessas amostras mostram que não há contaminação e riscos aos consumidores, assegura o ministro do Mapa, Blairo Maggi. “Temos, agora, 12 laudos e nenhum deles apresenta qualquer perigo ao consumo humano das mercadorias que foram apresentadas”, declarou. A pasta assegura que o governo está “correndo atrás” para dizer à população que não há, até o momento, qualquer tipo de anormalidade que possa fazer mal à saúde.

Ao todo, seis frigoríficos estão interditados por irregularidades. Maggi disse que todos os problemas são relativos à “procedimentos processuais quantitativos da receita”. Algumas plantas excederam a quantidade permitida de produtos. “Já foi confirmado problemas nas trocas de peças, excessos de água em frangos e porcentagens maiores que o permitido. Porém, essas descobertas não trazem risco à saúde pública”, afirmou o secretário de defesa agropecuária, Luis Rangel.

O ministro da Agricultura vai se reencontrar com os 27 superintendentes para alinhar conversas para os procedimentos que serão adotados. Maggi nomeará até quarta-feira (29) dois interventores para as superintendências dos estados do Paraná e Goiás. Questionado sobre a nomeação de pessoas que têm ligações políticas, Maggi disse que todos que assumiram seus postos se articularam politicamente, mesmo os que são “de carreira”.

“Todas as funções que são preenchidas a partir de uma lista tríplice sempre terão envolvimento político”, disse o ministro. Apesar disso, Maggi declarou que há responsabilidade deles com o Brasil e com o Ministério da Agricultura. Segundo o ministro, os dois interventores serão pessoas “de fora” das superintendências para que ela possa fazer uma “varredura” e localizar possíveis irregularidades.

Recall
A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), órgão ligado ao Ministério da Justiça, anunciou o quarto recall de carnes das empresas investigadas. O estabelecimento da Peccin, em Jaraguá do Sul, em Santa Catarina, também terá que recolher os produtos vendidos aos consumidores e reembolsá-los.

Em nota, a Secretaria disse que o estabelecimento “não detém controle dos processos relacionados a controle de matéria-prima, formulação e rastreabilidade” de seus produtos. Outras plantas das empresas Souza Ramoz, Transmeat e Peccin também terão que fazer recall.

Internacional
Maggi disse que a tarefa do Ministério agora é restabelecer as relações dos países exportadores e “brigar” para retomar a confiança do mercado. “Nossa imagem foi muito atacada nos últimos dias e nossos competidores estão aproveitando este momento de fragilidade”, afirmou. O ministro disse que será uma tarefa “dura”.


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