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Estado de Minas

Clima para juros baixos


postado em 31/03/2017 00:12


Brasília – Provocado sobre o consenso entre analistas de bancos e corretoras de que a taxa básica de juros deve cair um ponto percentual na reunião de abril do Comitê de Política Monetária (Copom), o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, preferiu não fazer comentários. Após a divulgação do Relatório Trimestral de Inflação (RTI). Meirelles disse que comentaria apenas a taxa básica de juros estrutural, da economia, “aquela taxa de equilíbrio, que permite ao país crescer de forma equilibrada e que não é nem contracionista, nem expansionista”.

Segundo ele, a taxa estrutural tende a cair com o equilíbrio das contas públicas, “com o país bem administrado e com as reformas aprovadas”. Já a Selic, que remunera os títulos do governo no mercado financeiro e serve de referência para as operações nos bancos e no comércio, tem, segundo Meirelles, a administração feita pelo Banco Central e não caberia a ele comentar.

“A taxa de juros de curto prazo é feita pelo Banco Central e não é o que estamos comentando”, concluiu ele logo ao participar da audiência pública sobre a proposta de emenda à Constituição (PEC) da Reforma da Previdência, na Câmara dos Deputados. Por sua vez, o diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Viana, avaliou ontem que a inflação mostra uma dinâmica mais favorável, com sinais de menor persistência. Em apresentação sobre o Relatório Trimestral de Inflação (RTI), ele destacou o choque favorável de alimentos. “Constatamos um recuo das expectativas para 2017 e a ancoragem de previsões em horizontes mais distantes”, afirmou.

Segundo ele, uma inflação alta e volátil reduz o crescimento potencial da economia e afeta a geração de empregos e renda. “Inflação alta e volátil gera distorções, aumenta riscos, encurta horizontes de planejamento, prejudica investimentos e o crescimento econômico”, disse. Carlos Viana destacou que existem sinais mistos sobre a atividade econômica, mas compatíveis com a sua estabilização no curto prazo, com retomada gradual ao longo de 2017, mas com ociosidade ainda elevada no setor produtivo.


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