De Conceição do Mato Dentro *
A continuidade do projeto Minas-Rio depende da aprovação da licença ambiental que vai destravar investimento de R$ 1 bilhão na exploração de minério de ferro na região de Conceição do Mato Dentro. Após obter a licença de operação (LO) da fase 2 do empreendimento, em outubro de 2016, a Anglo American se concentra no processo de licenciamento ambiental da fase 3, uma expansão já prevista para que a atividade de extração e beneficiamento de minério de ferro seja mantida em Conceição do Mato Dentro (MG) e Alvorada de Minas (MG) e alcance a capacidade de produção nominal do projeto. A companhia protocolou junto à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (Semad) um pedido de licença prévia e licença de instalação (LP+LI) para esta fase, no fim de 2015. A expectativa é de que a liberação saia entre junho e agosto.
Segundo o diretor de Operações da Minas-Rio, José Flávio Gouveia, é de extrema importância a obtenção da LP/LI para alcançar a capacidade de exploração de 26 milhões de toneladas de minério de ferro e garantir a continuidade do projeto. Atualmente, a extração do Minas-Rio chegou ao limite de 18 milhões de toneladas, sendo que a planta de beneficiamento trabalha com ociosidade pois já foi projetada para a capacidade total do Minas-Rio.
“A fase 3 é a garantia da continuidade do Minas-Rio. Se não tiver minério, não tem Minas-Rio”, afirma o coordenador de Licenciamento Ambiental, Felipe Werneck. Saindo a LP/LI, a expectativa é de que a licença de operação para a fase 3 seja liberada antes do fim do ano. Werneck explica que a fase 2 será exaurida no fim de 2018. É quando a nova fase já deverá estar em execução.
A fase 3 garantirá que o empreendimento continue a operar por meio da ampliação da capacidade das estruturas que já existem. Além disso, serão realizadas obras para implantação de outras estruturas, como diques de contenção de sedimentos e expansão da pilha de estéril. Está previsto ainda o alteamento da barragem de rejeitos, que é o aumento da capacidade de armazenamento da estrutura pelo método a jusante, à frente da estrutura – considerado o mais conservador e seguro.
* A jornalista viajou à convite da Anglo American